SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Jogadores brasileiros do Shakhtar Donetsk e do Dínamo que estavam na capital ucraniana, Kiev, conseguiram deixar o país neste domingo (27).

Os atletas e seus familiares viajaram de trem até Chernivtsi, no oeste da Ucrânia e, de lá, foram de ônibus até a vizinha Moldávia, onde se dividiram. Parte do grupo ficou no país, parte se dirigiu para a Romênia, mas todos buscam voltar para o Brasil.

Nos últimos 20 anos, o Shakhtar Donetsk tem sido uma das principais portas de entrada para os jogadores do Brasil com o sonho de jogar no futebol europeu. Atualmente, o clube ucraniano conta com 13 atletas do país.

Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, na madrugada de quinta-feira (24), os jogadores brasileiros do clube passaram a pedir o apoio do governo Bolsonaro para conseguir deixar o território ucraniano. Alguns deles apareceram em um vídeo em que atletas e seus familiares fazem um apelo por ajuda.

O vídeo foi gravado em um hotel em Kiev, cidade que o Shakhtar adotou recentemente como sua nova casa. O clube não atua em Donetsk, sua cidade natal, desde 2014, justamente por conflitos militares.

Há oito anos, o governo do russo Vladimir Putin fez os primeiros ataques ao território ucraniano e a equipe teve de deixar sua casa, já que o estádio Donbass Arena foi bombardeado nos confrontos armados entre o exército ucraniano e as forças separatistas pró-Rússia.

A equipe, então, foi forçada a se mudar. Primeiro, passou a jogar em Lviv, a cerca de 1.000 km de Donetsk. Depois, em 2017, foi a Kharkiv. E, a partir da temporada 2019/20, começou a mandar os jogos na capital Kiev.