SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A seleção masculina de handebol viveu seu melhor momento durante o período entre a Olimpíada do Rio, em 2016, até o Mundial em 2019, quando conquistou o melhor resultado na competição, um 9º lugar. Desde então, a equipe vem colecionando resultados ruins e conta com os Jogos Olímpicos de Tóquio para retomar os resultados conquistados há poucos anos.

"Eu jogo com vários atletas internacionais e eles falam que o handebol brasileiro cresceu em 2016", contou em entrevista coletiva o armador Raniel, que, atualmente, é jogador do Barcelona, da Espanha. "A Olimpíada é uma grande janela, uma grande porta para a gente mostrar do que é capaz".

Raniel e o ponta-esquerda Felipe Borges admitiram que os resultados recentes da seleção brasileira não são bons. No Pan-Americano de Lima, em 2019, o Brasil foi eliminado pelo Chile na semifinal e acabou em um decepcionante terceiro lugar, sendo obrigado a disputar o Pré-Olímpico para garantir a vaga em Tóquio, que veio com muito suor.

No Mundial disputado este ano, no Egito, terminou apenas em 18º lugar, um desempenho ruim depois de uma boa competição há dois anos. Neste torneio, a seleção teve mais de dez jogadores jogadores infectados com covid-19 durante o processo, o que prejudicou o resultado final do grupo.

"Não foi o que a gente queria, a gente tem a consciência do que pode fazer. Acho que a galera de casa, que gosta de handebol, pode esperar uma seleção diferente", prometeu Raniel.

O caminho para alcançar uma boa posição no torneio olímpico será árduo. O grupo da seleção brasileira tem a Argentina, principal rival no handebol sul-americano, além de seleções europeias como Espanha, Alemanha, França e a Noruega, que é o adversário de estreia do Brasil, na sexta-feira (23).

Apesar disso, Borges mostrou-se otimista. O ponta contou que, mesmo sabendo que o caminho será difícil, os jogadores brasileiros estão confiantes de que são capazes de bater de frente com as equipes favoritas.

"Nosso objetivo maior é classificar (para as quartas de final). Eu não vim aqui para passar meu tempo e não classificar, eu quero incomodar as grandes seleções", concluiu.