Com seu jeito descontraído, meio irônico e divertido, o tenista Gustavo Kuerten quebrou o gelo e afastou a possibilidade de os tenistas australianos sofrerem qualquer tipo de hostilidade nos jogos da Copa Davis, de 6 a 8 de abril em Florianópolis. Em Indian Wells, Guga vem sendo assediado com repetidas questões sobre a torcida brasileira e, em certo momento, transformou-se numa espécie de embaixador de sua cidade.
‘‘O lugar é bonito, uma ilha agradável, com pessoas amigáveis’’, disse. ‘‘Acho que os australianos irão se sentir tão bem, que vão querer morar lá para sempre e serão bem-vindos.’’ Há um bom tempo, os australianos vêm fazendo uma ‘‘guerra fria’’ para não se sentirem pressionados em Florianópolis, nos jogos das quartas-de-final da Davis.
Conseguiram que a Federação Internacional de Tênis (ITF) designasse um árbitro geral, como o inglês Alan Mills, que tem boa relação com os australianos e muita experiência em disputas internacionais. Além disso, os australianos argumentam que em Barcelona, na decisão do título do ano passado, sofreram muito com o comportamento da torcida espanhola, que gritava durante os pontos e nos intervalos entre o primeiro e segundo serviço. A Espanha ganhou o título.
Guga desenhou um outro cenário em Florianópolis, bem diferente do visto em Barcelona pelos australianos. Disse que ‘‘todos viiverão bons momentos’’, e é lógico fez uma advertência: ‘‘Ninguém deve provocar a torcida para não virar uma confusão’’, disse. Número 1 do mundo e tenista que se supera em jogos da Davis, Guga confessou que também gosta do clima da competição. Sabe usar a torcida com eficiência e consegue assim superar situações bem difíceis. Guga jogaria ontem à noite com o norte-americano Jan Michael Gambil pelo Torneio de Indian Wells (EUA).