SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Stade de France de Paris será o palco da final da Liga dos Campeões, em 28 de maio, e não mais São Petersburgo, anunciou a Uefa. A cidade perdeu o direito de organizar a partida como uma resposta da entidade europeia à invasão da Ucrânia pelo exército da Rússia.

O estádio francês já recebeu a final da Champions League em 2006, quando Barcelona derrotou o Arsenal por 2-1.

Também ficou definido que jogos em casa de times ucranianos e russos, assim como partidas das seleções em torneios da Uefa, devem ser disputados em campo neutro.

O Kremlin criticou a decisão da Uefa de mudar o local da partida. "É uma lástima que se tenha tomado essa decisão", afirmou o porta-voz do governo russo, Dimitri Peskov. "São Petesburgo havia oferecido condições ideais para a celebração", completou.

Por outro lado, o governo do Reino Unido elogiou a medida. "Não podemos permitir que a Rússia explore o esporte e a cultura no cenário mundial para legitimar esse ataque premeditado e desnecessário contra um estado democrático soberano", afirmou a secretária de cultura, Nadine Dorries.

PATROCINADOR

O estádio de São Petersburgo passou a ser conhecido como Gazprom após um acordo de patrocínio com a empresa estatal de energia russa, que também patrocina a Liga dos Campeões e a competição de seleções UEFA Euro 2024.

O Schalke 04, um dos clubes mais tradicionais da Alemanha e o de maior torcida do país, anunciou que não vai mais exibir o nome da Gazprom, sua patrocinadora, em seu uniforme.

A decisão foi postada na conta oficial da equipe no Twitter, horas depois da invasão da Rússia à Ucrânia.

Com valor de mercado de US$ 73,5 bilhões (R$ 377,4 bilhões, pela cotação atual), a Gazprom é a mais antiga patrocinadora do Schalke 04, está no clube desde 2006 e paga cerca de US$ 13 milhões anuais para estampar seu nome na camisa.