O Grêmio de Esportes Maringá deu mais um passo para voltar ao futebol profissional em 2022. O tradicional clube da Cidade Canção está filiado novamente na Federação Paranaense de Futebol e apto a participar de competições na próxima temporada. O clube agora procura parceiros para viabilizar o projeto dentro de campo.

Jogadores do Grêmio de Esportes Maringá em um Willie Davids lotado, na campanha do título paranaense de 1977: novo GEM resgata escudo e as cores do tradicional Galo Guerreiro
Jogadores do Grêmio de Esportes Maringá em um Willie Davids lotado, na campanha do título paranaense de 1977: novo GEM resgata escudo e as cores do tradicional Galo Guerreiro | Foto: Museu Esportivo de Maringá/Divulgação

Fundado em 1974, o GEM surgiu para substituir o Grêmio Esportivo Maringá, bicampeão paranaense em 1963 e 1964 e extinto em 1971. Após ser campeão estadual em 1977, vice em 1981 - perdeu para o Londrina na final - e disputar vários edições do Campeonato Brasileiro da primeira divisão, o GEM entrou em grave crise financeira na década de 1990 e suspendeu a sua filiação na FPF em 1998. Desde então, o clube desenvolveu apenas atividades desportivas de cunho social e educacional.

RECONSTRUÇÃO

A reconstrução do Grêmio de Esportes Maringá começou a ser arquitetada há três anos por um grupo de torcedores que criou o Itgem (Instituto dos Torcedores do Grêmio de Esportes Maringá), com o objetivo de diminuir as dívidas do clube e criar condições para que fosse possível voltar ao futebol profissional.

"Eram mais de R$ 18 milhões em dívidas, a maioria já prescritas. Conseguimos ainda renegociar muita coisa e hoje a dívida está em torno de R$ 1,5 milhão", afirma o presidente do Itgem, Luiz André Mackert. "Brigamos também para que voltasse o direito do clube em usar o nome, que foi apropriado por muitos de forma irregular nos últimos anos, o escudo e as cores".

Nos últimos três anos, o GEM continuou com projetos esportivos e sociais e em 2019 disputou o Campeonato Paranaense de Futsal da Série Prata em parceria com outra associação de Maringá. "A meta agora é disputar a Terceira Divisão do Paranaense, as competições de base e o Paranaense de futsal da Série Bronze de forma independente", ressalta Mackert. "Agora partimos para a segunda etapa do nosso trabalho, que é buscar alternativas, seja com parceiros, apoiadores, com uma diretoria executiva para viabilizar a volta do futebol do Galo Guerreiro".

Nos últimos anos, a cidade de Maringá teve vários representantes no futebol do Paraná, passando por Maringá Atlético Clube, Maringá Futebol Clube, Grêmio Maringá, Galo Maringá e Adap/Galo. Atualmente estão em atividade o Maringá FC, vice-campeão paranaense em 2014 ao perder a final para o Londrina, e o Aruko Sports, que está na final da Terceira Divisão e garantiu vaga na Divisão de Acesso de 2022.

"Respeitamos todos, mas o Grêmio é o time da cidade e a repercussão tem sido muito positiva entre as pessoas com todo este trabalho de resgate que tem sido feito. É uma questão de tempo para a cidade abraçar o clube e o Grêmio voltar forte e competitivo. Outros times do Paraná já passaram por isso e agora chegou a nossa vez de voltar", aponta Luiz André Mackert.

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