SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A quinta etapa do Mundial de Fórmula 1 não poderia ser disputada em um ambiente mais diferente em relação à etapa anterior: depois do frio e tempo fechado no GP da Emilia Romagna, no tradicional circuito de Imola, agora espera-se muito calor e um clima de festa para a estreia de uma prova de rua em Miami, nos arredores do estádio do Miami Dolphins, da NFL.

Charles Leclerc chega como líder do campeonato, posição que ocupa desde a primeira etapa do campeonato, mas buscando se redimir do erro que cometeu nas últimas voltas em Imola, quando rodou e terminou em sexto. Seu rival, Max Verstappen, vem de vitória na Itália e vai tentar se aproximar no campeonato. A 27 pontos de Leclerc, ele não tem condições de assumir a liderança em Miami.

Outra equipe para ficar de olho é a Mercedes e especialmente Lewis Hamilton, que vem de um final de semana ruim em Imola. De acordo com o diretor de engenharia da equipe, o carro deve ter atualizações já neste final de semana para tentar melhorar o rendimento.

CARACTERÍSTICAS DA PISTA DE MIAMI

É uma pista que usa vias particulares no entorno do estádio Hard Rock, reasfaltadas especialmente para o GP, então acaba sendo um circuito semi-permanente nos mesmos moldes do Albert Park na Austrália e Gilles Villeneuve no Canadá.

O traçado de 19 curvas é variado, com duas partes longas de aceleração máxima, um trecho de alta velocidade da curva 4 à 11 e outro bem travado da 11 à 16. Então as equipes precisam encontrar o equilíbrio entre ter pouca asa para as retas e não perder pressão aerodinâmica nas curvas.

Este trecho mais travado também é bem mais estreito, então as equipes entenderam por meio das simulações que fizeram que o risco de SC na corrida é bastante alto. Isso afeta as estratégias dos pilotos.

CURIOSIDADES SOBRE O GP DE MIAMI

Os Estados Unidos terão dois GPs pela primeira vez desde 1984, quando a F1 visitou Detroit e Dallas, em sequência. Ano que vem, com a entrada do GP de Las Vegas, os EUA passarão a ter três provas, como também aconteceu em 1982. Ver tantas provas em um mesmo país, no entanto, é raridade: só ocorreu mais uma vez, com a Itália, em 2020, por conta da pandemia.

Esta será a 61ª prova da Fórmula 1 nos Estados Unidos (ou a 72ª prova, contando as Indy 500 em que os pilotos F1 podiam participar entre os anos 1950 e 1960). O Miami International Autodrome será a 11ª pista diferente em que a categoria corre no país, o que é um recorde, e marca o retorno da F1 à Flórida: foi em Sebring que o esporte fez seu primeiro GP dos Estados Unidos em 1959.

A pista de Miami circunda o Hard Rock Stadium, que é a casa do time de futebol norte-americano Miami Dolphins, do time de futebol Miami Hurricanes e que também recebe o Miami Open, maior aberto de tênis fora do Grand Slam. O estádio também foi palco do Super Bowl em seis oportunidades, sendo a última em 2020.

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COMO ACOMPANHAR O GP DE MIAMI

Sexta-feira, 6 de maio

Treino livre 1, das 15h30 às 16h30: BandSports

Treino livre 2, das 18h30 às 19h30: BandSports

Sábado, 7 de maio

Treino livre 3, das 14h às 15h: BandSports

Classificação, das 17h às 18h: TV Band e BandSports (transmissão começa 11h na Band)

Domingo, 8 de maio

Corrida, a partir das 16h30: TV Band e BandNewsFM (transmissão começa às 16h)

RAIO-X DO CIRCUITO DE MIAMI

Distância: 5.412m

Número de voltas: 57

DRS - 3 zonas

Detecção depois da curva 8 e ativação após a curva 9

Detecção depois da curva 16 e ativação na reta oposta

Detecção depois da curva 17 e ativação na reta principal

Pneus disponíveis: C2 (duros), C3 (médios) e C4 (macios)