Agência Estado
De Brasília
O presidente de honra do Gama, Wagner Marques, descartou ontem qualquer possibilidade de o clube fechar um acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para voltar à Série B do Campeonato Brasileiro. ‘‘Desconheço acertos com a CBF nesse sentido’’, assegura Marques.
Ele diz que o clube não irá recusar-se em buscar uma saída para o impasse existente entre o Gama e a CBF, criado a partir do momento em que o clube brasiliense recorreu à justiça para permanecer na série A. ‘‘Estamos abertos ao diálogo’’, disse Marques.
Mesmo se houver um acordo entre o Gama e a direção da CBF, as ações judiciais não poderão ser anuladas imediatamente. Para retirar as ações, seria necessária a concordância do Partido da Frente Liberal (PFL) do Distrito Federal, que, juntamente com o Sindicato dos Treinadores Profissionais de Futebol de Brasília, ingressou na justiça para evitar o rebaixamento do Gama no Campeonato Brasileiro.
O advogado do PFL, Paulo Goyaz, que ingressou com ação para manter o Gama na primeira divisão, disse ser ‘‘praticamente impossível o cancelamento das ações’’. Segundo Goyaz, não há possibilidade de um acordo com a CBF a curto prazo. Para ele, a forma mais simples para o conflito é a CBF acatar a decisão judicial e manter o Gama na série A. permanência do clube na elite do futebol brasileiro foi determinada pela Justiça Federal.
O Gama foi prejudicado por uma decisão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que deu ao Botafogo (RJ) os pontos da partida em que foi goleado pelo São Paulo por 6 a 1. A alegação era que o time tinha escalado irregularmente o jogador Sandro Hiroshi. Com isso, o Botafogo ficou com a média de pontos melhor que o Gama e evitou o rebaixamento.
O Gama não aceitou a decisão do TJD e recorreu à justiça, onde ganhou o direito de permanecer na série A. Por conta disso, a CBF ameaça vetar a participação do clube nas disputas esportivas deste ano.