Imagem ilustrativa da imagem Futebol paranaense precisa dar último passo: o da consolidação
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Os cinco times do estado do Paraná mais bem posicionados no ranking da CBF – em ordem, Athletico-PR, Coritiba, Paraná, Londrina e Operário – estão nas primeiras 50 posições do ranking, um dos melhores desempenhos de todos os tempos. Ainda assim, casas de apostas como https://campobet.com/br/ não colocam esses clubes como candidatos a título de suas respectivas divisões.

Na verdade, a coisa é até pior quando se considera que o Coritiba é lanterna da Série A, o Operário está apenas no meio da tabela da Série B, o Paraná Clube corre sério risco de cair para a Série C e o Londrina, já na terceira divisão, vive crise e terá um jogo de vida ou morte para saber se ainda tem chance de ser promovido.

O Athletico-PR, por sua vez, melhor clube do estado já há alguns anos, vive situação diferente, como veremos.

Em tempos difíceis, Athletico-PR é exceção

Não há nem como comparar a situação do Furacão com a dos colegas paranaenses. Enquanto que o arquirrival Coritiba luta desesperadamente contra o rebaixamento desde o início do campeonato, o Athletico saiu das zonas mais baixas da tabela e se estabeleceu como um candidato até mesmo a vaga na Libertadores.

Falando em competição sul-americana, o Furacão pode se orgulhar de ser o único time do estado a ter levantado um troféu continental, a Copa Sul-Americana de 2018. Ainda assim, o time sonha mais alto, mas a grande ambição de faturar a Libertadores ainda não veio – embora tenha batido na trave em 2005.

De todos os outros clubes, talvez quem tenha mais motivo para sorrir hoje é o Operário, clube antiquíssimo de Ponta Grossa e que viveu um verdadeiro renascimento no fim da década de 2010, ganhando a Série D e a Série C do Brasileirão em anos consecutivos (2017 e 2018), se firmando na Série B.

A ascensão inédita ao primeiro nível do futebol brasileiro ainda não veio, mas o Operário está no seleto grupo de clubes brasileiros que nunca foram rebaixados, talvez um dos maiores orgulhos do time, e que ainda sonha com a Série A – mas isso talvez só aconteça no futuro.

Coritiba e Paraná Clube: exemplo do que não fazer

O Londrina está sofrendo para conseguir sair da Série C, para onde caiu em 2019 num momento dramático para o clube, que vinha ficando no “quase” nas suas tentativas de subir para a elite por várias temporadas, sempre acabando uma ou duas posições acima da zona de ascensão. Querendo ou não, considerando o porte do clube, isso não é vergonha nenhuma, porém.

O mesmo não pode ser dito de Paraná Clube e, principalmente Coritiba. O Tricolor jogou a Série A em 2018 e fez uma campanha medonha, terminando afundado na última colocação e devidamente rebaixado à segundona, onde o Coxa aguardava, já que havia mais uma vez falhado em subir.

A situação do Coritiba, aliás, só pareceu que iria melhorar na última temporada mesmo, quando o clube finalmente subiu (ainda que em 3º na Série B) e voltou a ter esperanças de se estabilizar na elite. Dentro de campo, porém, a história se provou bem diferente; num campeonato com times fazendo campanhas realmente fracas, como Goiás e Botafogo, o Coxa conseguiu afundar na lanterna e parece difícil sair.

Pensar em solução significa pensar a longo prazo, algo que os times brasileiros como um todo, salvo raras exceções, têm muita dificuldade em fazer. Enquanto isso não acontecer, porém, a probabilidade é que o Athletico acabe isolado como único time razoável do estado, com todos os outros se tornando “clubes ioiô”, algo que é ruim não só para os torcedores, mas para o futebol paranaense como um todo, no fim das contas.