A falta de patrocínio não atinge apenas esportes ricos como basquete e vôlei. Até mesmo os primos pobres, como o atletismo, que exigem poucos recursos, também sofrem com a falta de apoio financeiro. A equipe da Funilense, tetracampeã brasileira de atletismo, por exemplo, perdeu quarta-feira o patrocínio da Reebok e agora está ameaçada de divisão.
‘‘Estou correndo atrás de outras empresas e já estou pensando em dividir a equipe em duas ou três para facilitar a obtenção de patrocínio com a divisão das despesas’’, explica o presidente do clube e da Federação Paulista de Atletismo, Sérgio Coutinho Nogueira. ‘‘Por enquanto, tenho apenas uma proposta da prefeitura de Paulínia, que quer um grupo pequeno de atletas.’’
A Funilense foi a equipe que mais atletas cedeu à delegação brasileira que participou da Olimpíada de Atlanta: 25 participantes ou nada menos do que 10% dos representantes do País. O orçamento do clube, que ainda conta com 18 atletas olímpicos, além de muitos outros de grande potencial, é de R$ 120 mil por ano.
‘‘O atletismo é um esporte barato’’, diz Coutinho Nogueira. ‘‘Não acredito que deva ter dificuldades para conseguir apoio financeiro’’, prossegue. ‘‘Mesmo porque o retorno é garantido.’’