Fundação vai reduzir bilhetes de cortesia nos jogos da Apuel
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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2001
Lúcio Flávio Moura De Londrina
O presidente da Fundação Municipal de Esportes, Marcelo Paulino, disse ontem que irá se reunir com representantes da Apuel e da Sercomtel para negociar uma fórmula de redução do número de torcedores não-pagantes que comparecem no Moringão para assistir jogos do Campeonato Brasileiro de Basquete Masculino.
Os números dos dois jogos realizados em Londrina nesta semana terça e quarta-feira apontam que quase 50% das cerca de 5 mil pessoas que estiveram no ginásio não pagaram ingresso. De acordo com a fundação, a receita com bilheteria banca cachês dos seguranças, bilheteiros, árbitros, taxa de iluminação e cota da Federação Paranaense de Basquete. As sobras vão para o caixa da entidade.
A constatação assustou os dirigentes da fundação. Eles querem rever o acordo que permitia que funcionários da Sercomtel tivessem acesso livre aos jogos, além de racionar a distribuição dos bilhetes de cortesia.
As escolas estaduais que recebiam lotes de entradas e os matriculados nas escolinhas das modalidades coletivas mantidas pela fundação também deverão ser sacrificados. Não está descartada a possibilidade de parte do público não-pagante passar a pagar meio ingresso.
A polêmica sobre o número de não-pagantes no Moringão surgiu após a proposta de Paulino em aumentar em R$ 1,00 o preço da entrada para financiar a contratação de um pivô norte-americano. Esta proposta perdeu força com os avanços nas negociações com um grupo de empresários que arcaria com a hospedagem e a alimentação da nova estrela.
Em relação aos gastos salariais, de regularização de documentos, comissão do agente e as luvas do reforço seria bancada por uma empresa londrinense, espécie de co-patrocinadora já aceita pela Sercomtel. Estamos com 80% de chances de fechar a contração, garantiu Paulino. Este reforço deve ser o pivô Winfred, 26 anos, 2,06 metros, que atua na CBA (segunda liga profissional mais importante dos EUA).
