A direção da Fifa decidiu transferir de janeiro para julho-agosto a disputa da Copa das Confederações, que será disputada no México, para permitir a presença dos franceses, atuais campeões mundiais. A Federação Francesa de Futebol, através suas instâncias superiores, havia renunciado a participar dessa competição alegando dificuldades para reunir todos os jogadores franceses espalhados pelos clubes da Itália, Inglaterra e Espanha, em plena disputa dos campeonatos europeus. O fato irritou o novo presidente da Fifa, Joseph Blatter, pois a França já havia confirmado sua presença anteriormente.
Sem a participação dos campeões do mundo, a Copa das Confederações perderia grande parte do interesse, principalmente porque ela previa um novo encontro França x Brasil, uma verdadeira revanche.
Na verdade, a desistência dos franceses foi motivada pelo desinteresse dos ‘‘cartolas ’’ parisienses e mesmo de seu staff técnico de enfrentar o Brasil apenas seis meses depois da Copa. Uma derrota nas proporções da vitória de julho poderia arranhar o título conquistado, uma hipótese sempre possível quando o adversário é o Brasil. Os franceses, exceção de Michel Platini, defendem a idéia de evitar uma revanche contra o Brasil tão cedo.
Agora, Blatter garante que a França vai participar com sua força máxima, tendo obtido a confirmação do presidente da FFF, Claude Simonet. Blatter chegou a tratar desse problema com o próprio presidente Jacques Chirac. Apesar disso, nem todos os dirigentes franceses parecem favoráveis, entre eles, o técnico atual, Roger Lemerre, que afirma não ter sido informado dessa mudança.
A seu ver, as razões alegadas pela França para renunciar à Copa das Confederações no mês de janeiro subsistem em julho-agosto, pois os jogadores estarão apenas voltando das férias, iniciando uma fase de treinamentos em seus clubes.
A previsão seria de realizar essa competição entre os dias 27-28 de julho até 6 e 7 de agosto, logo após a Copa América, cujo fim está previsto para o dia 18 de julho. Para o técnico francês, vai ser preciso tomar providências para viabilizar a participação francesa, através de um acordo com as Ligas Européias.