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A FPF (Federação Paranaense de Futebol) adiou todos os jogos da segunda rodada do Campeonato Paranaense, que estavam programados para este meio de semana. A decisão segue o Decreto 6.983/2021, do governo do Estado, que restringe atividades não essenciais até o dia 8 de março no Paraná. A entidade, no entanto, ainda não descarta que a competição seja retomada no fim de semana.
O adiamento da segunda rodada ocorre após o Paranaense ter começado com muita confusão no último fim de semana. Das seis partidas programadas, apenas duas foram realizadas. O jogo entre Londrina e Maringá, no estádio do Café, foi suspenso momentos antes do horário marcado.
O presidente da FPF, Hélio Cury, lamentou o adiamento da rodada, mas reconheceu que era impossível tomar uma atitude diferente neste momento, em razão dos vários decretos municipais que impedem jogos de futebol enquanto durar o decreto estadual em cidades-polo como Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel.
"Lamento porque em todos os outros estados as competições acontecem normalmente. E nós temos o protocolo mais rígido do país, alvo até de crítica dos próprios clubes. Mas sempre deixei claro que a nossa preocupação era em preservar o maior patrimônio dos clubes, que são os jogadores", comentou.
O decreto do governador Ratinho Junior (PSD) foi publicado na sexta-feira (26) e mesmo assim a FPF tinha o aval da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) para iniciar o Paranaense. No entanto, a realidade mudou com a recomendação do Ministério Público para a não realização das partidas, acatada por vários prefeitos paranaenses. Nesta segunda rodada, o Londrina jogaria contra o Paraná, na Vila Capanema, na terça-feira (2).
INDEFINIÇÃO
Apesar do decreto estadual ter validade até segunda-feira (8), Cury afirmou que ainda não há uma definição sobre a realização ou não da terceira rodada do Paranaense, marcada para sábado (6) e domingo (7).
"Estamos agendando algumas reuniões para avaliar, equacionar as questões e tentar encontrar um caminho para seguir com os jogos. Temos até quinta-feira para definir sobre a rodada do fim de semana", ressaltou. O dirigente descartou a possibilidade de marcar os confrontos em cidades onde não há um decreto específico impedindo a realização de jogos de futebol. A Federação precisa marcar as partidas com até 72 horas de antecedência.
As mudanças na tabela vão interferir em todo o calendário, que já será apertado em 2021. Para concluir o Paranaense até 23 de maio, dia previsto para o último jogo, a FPF terá que realocar partidas em datas reservadas para competições nacionais.
"Acredito que este é o menor dos problemas hoje. Precisamos definir primeiro a continuidade do campeonato e depois vamos realocando as partidas, com prazos menores de intervalo, usando datas de outras competições, dependendo do desempenho das nossas equipes, por exemplo, na Copa do Brasil", apontou Cury.