SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Longe das pistas, sem o ronco dos motores nem uma celebração entre os grandes pilotos de sua história, a F-1 completa nesta quarta-feira (13) o seu aniversário de 70 anos.

Em 13 de maio de 1950, Silverstone (Inglaterra) recebeu o primeiro Grande Prêmio da temporada de inauguração do campeonato mundial de pilotos.

O cenário atual é bem diferente daquele construído ao longo de sete décadas em que a F-1 se transformou na principal categoria do automobilismo e cultivou milhões de fãs.

Com a temporada 2020 suspensa devido à pandemia de Covid-19, resta celebrar seu passado com um futuro ainda incerto.

O Mundial tinha início previsto para o dia 15 de março, com o GP da Austrália, mas tanto a corrida inaugural como as demais até a presente data foram adiadas ou canceladas.

A previsão mais otimista da Liberty Media, grupo americano que controla a categoria desde 2016, é iniciar o campeonato em julho, com o GP da Áustria sem a presença de público.

Reduzida, a temporada terá, na melhor das hipóteses, de 15 a 18 provas e novos protocolos de segurança.

Diferente e menor, mas não com menos expectativas sobre ela, a competição verá o inglês Lewis Hamilton, novamente, como maior candidato a protagonista. Aos 35 anos, ele terá pela primeira vez a chance de igualar o recorde de sete títulos de Michael Schumacher, 51, e ainda ultrapassar outras marcas do ex-piloto.

Desde sua estreia na F-1, em 2007, o britânico já subiu 151 vezes no pódio, 84 delas no lugar mais alto. Em 19 temporadas na modalidade, o alemão chegou entre os três primeiros 155 vezes, com 91 vitórias.

Hamilton tem sido o maior expoente de uma geração de pilotos acostumada a guiar carros com tecnologias de ponta, desenvolvidas pelas escuderias da própria categoria.

Ao longo de sua história, a F-1 se transformou em uma espécie de laboratório para a evolução da indústria automobilística, com inovações que saíram das pistas e chegaram às ruas. Suspensão ativa, volantes multifuncionais, troca de marchas com borboletas e a recuperação de energia cinética são alguns exemplos.

Cada década da trajetória teve saltos de evolução tecnológica importantes, mas não mais marcantes para os fãs do que as grandes disputas travadas nas pistas.

Ayrton Senna x Alain Prost, Nigel Mansell x Nelson Piquet, Niki Lauda x James Hunt são algumas das rivalidades que marcaram época. Além de Senna e Piquet, ambos tricampeões, o Brasil teve outros 29 pilotos. Um caminho aberto por Chico Landi, em 1951, pelo qual também passaram Emerson Fittipaldi, bicampeão, Rubens Barrichello e Felipe Massa, vices.

Desde o fim de 2017, quando Massa deixou a F-1, o Brasil está fora da principal vitrine do automobilismo.