Fluminense 'patina' em início de Marcão e vê pressão ganhar corpo
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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O desempenho de Marcão no começo do trabalho à frente do Fluminense trouxe de volta às Laranjeiras uma pressão que, até então, parecia distante.
Com um ponto em duas partidas, contra times que estão em posições inferiores na tabela do Campeonato Brasileiro, o clube tricolor teve uma pequena queda na tabela, e as críticas à diretoria ganharam corpo nesta reta final do ano.
O treinador, que estava no comando da equipe sub-23, foi efetivado após a saída de Odair Hellmann que deixou o clube rumo ao Al-Wasl, dos Emirados Árabes, com a missão de manter o time no G-4, que dá vaga para a próxima edição da Copa Libertadores.
Apesar de serem fora de casa, os resultados contra Vasco e Atlético-GO não eram os esperados.
Diante do rival cruz-maltino, que briga contra o rebaixamento, o clube tricolor saiu na frente e sofreu o empate no fim. Diante dos atleticanos, o Fluminense protagonizou uma atuação ruim, com derrota por 2 a 1.
Neste cenário, parte da torcida já começa a colocar em xeque o futuro do time e a luta para estar na competição sul-americana na próxima temporada.
No ano passado, Marcão assumiu o time após saídas de Fernando Diniz e de Oswaldo de Oliveira e foi até o fim do Brasileiro, livrando o Fluminense da queda à Série B.
À época, contando com o jogo que ocorreu imediatamente após a demissão de Oswaldo, foram 17 partidas, com sete vitórias, seis empates e quatro derrotas. O primeiro revés, inclusive, veio apenas no quinto jogo, após três vitórias e um empate.
Vale ressaltar, por outro lado, que, há pouco tempo, a equipe das Laranjeiras era apontada como a grande surpresa do Brasileiro, ao conseguir boa campanha com um elenco que não constava entre os favoritos.
Agora, com um espaço no calendário já que o Fluminense só volta a campo no dia 26, contra o São Paulo, Marcão tenta fazer a equipe encaixar novamente e voltar à boa fase no Brasileiro.
Fora de campo, os últimos resultados do Fluminense fizeram com que Celso Barros, vice-presidente geral, fosse às redes sociais contestar o treinador e alfinetar o presidente Mario Bittencourt, com quem rompeu laços.
Afastado há mais de um ano do dia a dia do clube, Celso afirmou que o futebol do time tricolor "continua a mesma mesmice" e que "só os amigos do Rei são escolhidos", em referência ao mandatário.
Barros foi eleito vice-presidente pela chapa de Bittencourt, no ano passado. Além da vice-presidência geral, ele também esteve à frente do departamento de futebol. Porém, em novembro do ano passado, acabou isolado da função após algumas polêmicas.