RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O reajuste salarial anunciado pelo Flamengo foi costurado entre as principais lideranças do elenco e a cúpula de futebol. Com contrato até dia 20 de junho deste ano, a tendência é que o técnico Jorge Jesus renove já sob esta nova realidade.

Como a cotação do euro explodiu durante a crise da pandemia do novo coronavírus, as conversas caminham para um valor fixo em bases mais "modestas" da moeda europeia e que se enquadre nestas diretrizes. Os prêmios por conquistas, no entanto, podem "empatar" esses valores. Após um período em Portugal, Jesus já voltou ao Rio e aguarda a volta aos treinos.

Apesar do novo cenário, as partes caminham para um consenso. Ainda que não renove dentro do que imaginou em um primeiro momento, o português será o treinador mais bem pago do Brasil se o novo acordo for selado. A expectativa da diretoria é ter o profissional até o final de 2021.

Clube mais estável sob o ponto de vista financeiro, o Flamengo, além da queda nos vencimentos do departamento de futebol, demitiu 62 funcionários que trabalhavam na sede social do clube.

A ação do clube descontentou os colaboradores, que questionaram o fato de a crise não ter atingido os altos salários do elenco, o que acabou ocorrendo dias depois das dispensas. Para não aumentar os encargos, o Flamengo fez as demissões antes da virada para o mês de maio.

O Flamengo trabalha para voltar o quanto antes aos treinos, mas aguarda o resultado de todos os exames de Covid-19 antes de bater o martelo. É provável que o clube tenha nesta quarta (6) em mãos todos estes diagnósticos.