RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - A falha do goleiro Fábio no clássico com o Vasco fez com que o técnico Fernando Diniz voltasse a afirmar convicções e a "coragem" para o estilo de jogo implementado no Fluminense.

O QUE ACONTECEU

O técnico e os jogadores do Fluminense falara, em mais de uma oportunidade, que o "dinizismo" exige coragem para jogar. Esse é um pedido do treinador aos comandados, e não à toa ele também busca blindar o elenco quando os equívocos inerentes do estilo de jogo acontecem.

Diniz procurou passar uma mensagem de incentivo ao goleiro logo após o gol do Vasco no clássico. E, após o jogo, o defendeu publicamente, puxando para si a responsabilidade.

"Procurem quantos gols o Fluminense já fez que a bola saiu do pé do Fábio. Vai ser uma goleada. Se você quiser que o cara nunca erre, de fato, não sai jogando. A gente quer uma coisa infantilizada que sempre dê certo. Não tem nada no futebol que dê sempre certo. Se tem algum mérito no meu trabalho é saber separar. Queremos que as coisas melhorem. O Fábio errou? Sim. Mas erro não é fracasso. Esse erro vai fazer o Fábio melhor, o Fluminense melhor", afirmou.

Anteriormente, ele já tinha defendido outros nomes do grupo. As declarações serviram também para fincar ainda mais raízes em relação ao projeto que vem sendo construído no Tricolor, e salientar convicções no trabalho realizado.

FALHAS COM OS PÉS

Com a camisa do Fluminense, há três falhas de Fábio na saída de bola que ficaram mais marcadas: contra o Olímpia, pela fase preliminar da Libertadores 2022, diante do Atlético-MG, pelo Brasileiro do ano passado, e no clássico com o Vasco.

Contra o Olímpia, porém, o comandante ainda era Abel Braga, hoje diretor técnico do Vasco. Aquela falha acabou pesando para a posterior eliminação na competição continental.

No duelo com o Galo, já sob comando de Diniz, o goleiro recebeu apoio da torcida e o Fluminense saiu vencedor por 5 a 3.

O DRAMA DO CLÁSSICO

O goleiro errou um passe na saída de bola e o time cruzmaltino abriu o placar no começo do jogo.

A falha fez com que algumas críticas ao "dinizismo" voltassem à tona.

O treinador defendeu Fábio durante coletiva de imprensa após o empate: "Erro não é fracasso".

Diniz também ressaltou o equívoco "é uma coisa evitável, mas é uma coisa que, quem está jogando do jeito que a gente joga, pode acontecer".