SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Willy Weber, ex-empresário de Michael Schumacher, acusou a família do heptacampeão mundial de Fórmula 1 de mentir sobre o seu real estado de saúde desde 2013, quando o alemão sofreu um acidente de esqui.

Em entrevista ao jornal italiano Gazzetta dello Sport, o ex-agente, hoje com 80 anos, não escondeu o ressentimento com Corinna, esposa de Schumi, e com pessoas ligadas à categoria.

"Sempre fiz tudo o que pude para que Michael protegesse sua vida privada. Mas desde então só ouvimos mentiras deles", iniciou Weber.

"Tentei centenas de vezes entrar em contato com Corinna e ela não atendeu. Liguei para Jean Todt [ex-presidente da FIA] para perguntar se deveria ir ao hospital [ao saber do acidente] e ele me disse para esperar, que era muito cedo. Aí liguei no dia seguinte e ninguém atendeu. Eu não esperava um comportamento assim e ainda estou bravo com isso. Eles me mantiveram de fora me dizendo que era muito cedo. Bem, agora é muito tarde. Já se passaram nove anos. Talvez eles devessem apenas dizer a verdade", prosseguiu o ex-agente.

Por fim, Weber mostrou tristeza com a situação envolvendo o amigo, que tem um quadro de saúde misterioso desde então, já que as atualizações da família são escassas.

"Anos depois do acidente, eu disse a mim mesmo para cuidar apenas da família, já que não podia mudar as coisas. Ele era como um filho para mim. Ainda hoje dói falar sobre isso", finalizou ele ao jornal italiano.

No ano passado, Corinna revelou, em entrevista exibida durante um documentário sobre Schumacher, que o ex-piloto está "diferente".

"É claro que sinto falta de Michael todos os dias. Mas não sou só eu que sinto falta dele: os filhos, a família, o pai dele, todos ao seu redor", iniciou ela, antes de confirmar que o marido não morreu.

"Todo mundo sente falta de Michael, mas Michael está aqui. De maneira diferente, mas ele está aqui, e isso nos dá força, eu acho", completou Corinna, sem mais detalhes sobre a real situação da saúde atual do alemão.