Esporte olímpico, flag football ganha força em Londrina
Equipe londrinense amplia atuação e já soma centenas de atletas entre o futebol americano tradicional e o flag
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 09 de junho de 2025
Equipe londrinense amplia atuação e já soma centenas de atletas entre o futebol americano tradicional e o flag
Matheus Camargo

O esporte da bola oval está cada vez mais presente em Londrina. Com a aprovação de dois projetos no edital 04/2025 do Feipe (Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos), o Londrina Bristlebacks garantiu R$ 85 mil em recursos para fortalecer suas atividades no futebol americano e no flag football, modalidade que será olímpica a partir de 2028.
A verba contempla R$ 55 mil para o futebol americano, dentro do programa adulto do edital, e R$ 30 mil para o flag football, inserido no programa de esportes alternativos. Apesar de ainda não haver uma categoria específica para o flag, a equipe conseguiu adaptar o projeto dentro da modalidade alternativa — um passo estratégico para manter o crescimento da modalidade na cidade.
“Trabalhamos com ambos os esportes, o futebol americano e o flag football. O flag é uma derivação, com menos contato físico, jogado em campo reduzido e com cinco atletas de cada lado. Em vez do tackle, o jogador retira a 'flag' do adversário. É mais fácil de ser popularizado e está crescendo bastante. Vai estar nos Jogos Olímpicos de 2028”, destacou Rafael Algarte, presidente do Londrina Bristlebacks, em conversa com a FOLHA.
Os projetos foram elaborados com base em resultados anteriores, prestação de contas e retorno social comprovado. Em Londrina, o Bristlebacks atualmente mantém mais de 50 atletas treinando flag football e outros 74 no futebol americano tradicional. O projeto de flag também chegou às escolas, com mais de 150 alunos impactados por meio de oficinas e parcerias.
O flag football tem sido assunto para o COB (Comitê Olímpico do Brasil), e isso abre portas para investimentos em capacitação de técnicos, formação de comissões técnicas e ações voltadas ao público jovem. “A modalidade está se expandindo com mais força. Há visibilidade nacional, e estamos aproveitando esse momento para crescer junto”, afirmou o presidente do Bristlebacks.
Um reflexo desse avanço está na convocação recente para a seleção brasileira de flag football. Três atletas do time londrinense foram chamadas para integrar a equipe nacional feminina e participarão de treinamentos com a comissão técnica nos dias 28 e 29 de junho, como parte da preparação para o futuro olímpico da modalidade. São elas Beatriz Baganini, para a seleção sub-20, além de Micaelly Santos Rocha e Livia Zafra Campos, ambas para a sub-15.
“Nosso time de flag existe há dois anos. Conseguimos cadastrar o projeto na Fundação de Esportes de Londrina e, embora os valores não sejam muito altos, fazem toda a diferença na estruturação da equipe e na continuidade do trabalho”, concluiu.
FEIPE
A FEL (Fundação de Esportes de Londrina) publicou na terça-feira (4) a homologação do resultado final do Edital nº 04/2025 do Feipe (Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos). Além dos projetos do Londrina Bristlebacks, outros contemplados foram o skate, que recebe R$ 30 mil, proposto pela Associação de Skate de Londrina, o badminton, no valor de R$ 40 mil, da Associação Desportiva Londrinense, e o BMX, com R$ 30 mil, por meio da Associação Londrinense de Ciclismo, todos no programa juventude.
No máster, a Associação Pró Vôlei de Londrina receberá R$ 30 mil para o voleibol feminino. Já no paradesporto, foram aprovados os projetos de futsal para surdos, com R$ 20 mil, da Associação de Surdos de Londrina, e de caratê para pessoas com deficiência intelectual, no mesmo valor de R$ 20 mil, da Associação Oguido Dojo.
Apesar da variedade de projetos habilitados, três modalidades não receberam propostas. Foram eles o caiaque polo, o atletismo para deficientes físicos e a natação para deficientes físicos e intelectuais, que totalizam R$ 90 mil em recursos não utilizados.
As entidades com projetos aprovados têm até o dia 17 de junho para apresentar o plano de trabalho e os documentos de regularidade jurídica, conforme exigido pelo edital.

