SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Fernando Diniz chegou ao Santos tem apenas três dias, tempo, apesar de curto, suficiente para ele ganhar o elenco e começar a construir outra atmosfera para a equipe alvinegra no dia a dia.

Segundo apurou a reportagem, os jogadores que atuaram contra o São Bento no último domingo (9) deveriam ter feito treino regenerativo na segunda (10). Porém, o grupo abriu mão disso para poder receber o treinador e iniciar os trabalhos normalmente.

Foi um gesto simples dos titulares recusarem o descanso, mas suficiente para agradar Diniz, que repetiu a escalação que superou o rebaixamento no Paulista. Pessoas próximas ao treinador disseram que ele realmente gostou de ver os jogadores mostrarem vontade e que, inclusive, já havia ouvido sobre o fato de ter um "elenco trabalhador", o que constatou em seu primeiro dia.

O peso disso foi proporcional ao gol que saiu contra o Boca Juniors (ARG) na terça (11), na Vila Belmiro, pela Copa Libertadores. Apesar de Diniz não ter tido a estreia que gostaria, afinal, ele acabou expulso por reclamação, a construção do tento teve seu dedo.

No lance, Gabriel Pirani vai para a lateral e Pará, por dentro, encontra Kaio Jorge, que serve Felipe Jonatan. "Aquele gol que saiu foi uma jogada trabalhada que ele implementou no primeiro dia dele, na véspera do jogo", disse o autor do gol em entrevista ao SporTV.

Ao chegar ao clube, Diniz também teve uma conversa mais direcionada aos mais jovens. Em sua apresentação, ele ressaltou a carga exagerada que existe em cima dos Meninos da Vila. Por isso, o comandante tentou aliviar a tensão e deixá-los mais à vontade nas atividades. Brincou e abriu espaço para o diálogo.

Uma das qualidades de Diniz é ser um bom gestor de pessoas. Dentro de seu trabalho como treinador, ele também faz questão de criar uma intimidade com seus jogadores. Em meio ao treino longo, ele tira um tempo com dois ou três jogadores para conversar sobre suas famílias e objetivos.