SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Presente nos Jogos Olímpicos desde Berlim-36, o basquete masculino teve os Estados Unidos no topo do pódio em 15 oportunidades, levando medalhas nas outras três em que também participou (uma prata e dois bronzes) -o país boicotou os Jogos de Moscou-80.

Depois que os atletas profissionais da NBA foram liberados a disputar os Jogos, a partir de 1992, o domínio ficou ainda mais evidente -os EUA só foram surpreendidos pela Argentina em Atenas-04.

Dar sequência a essa impiedosa superioridade será a missão de Kevin Durant e companhia em Tóquio.

Apesar da ausência de estrelas como LeBron James, Anthony Davis, Stephen Curry, Chris Paul e James Harden, o conjunto norte-americano continua forte e segue favorito à medalha de ouro.

Campeão em Londres-12 e na Rio-16, Durant, 32 anos, vai buscar seu terceiro ouro olímpico no Japão -também faturou o Mundial de 2010 pela seleção.

Nos playoffs da última temporada da NBA -a qual venceu duas vezes com o Golden State Warriors-, ele teve bom desempenho e se mostrou recuperado das recorrentes lesões que o atormentam na carreira.

Além disso, Durant se tornará o maior cestinha dos EUA em Olimpíadas se anotar 26 pontos em Tóquio, ultrapassando Carmelo Anthony, que soma 336 -ainda muito distante do recorde do brasileiro Oscar, com 1.093.

O ala-pivô do Broklyn Nets terá a companhia de outro experiente remanescente de 2016, Draymond Green, 31, e de Kevin Love, com quem foi campeão nos Jogos de 2012.

A principal ameaça deve ser a forte Espanha, atual campeã mundial, que conta com astros como Ricky Rubio, Marc Gasol e Rudy Fernández, além do possível retorno do veterano Pau Gasol.

BRASIL FORA

Pela primeira vez desde Montréal-76, o Brasil não terá representante no basquete olímpico.

A equipe masculina chegou perto da vaga, mas foi superada pela Alemanha na decisão do Pré-Olímpico de Split, na Croácia.

Estreante nos Jogos em 1936, em Berlim, o Brasil faturou a medalha de bronze logo na segunda participação, em Londres-48, além de Roma-60 e Japão-64.

Já a seleção feminina, que estreou com um sétimo lugar em Barcelona-92, faturou a prata em Atlanta, quatro anos depois, com a base que havia sido campeã mundial em 1994, com nomes como Paula, Janeth e Hortência, e foi bronze em 2000.

Eliminadas na primeira fase nas últimas três edições e ausentes do último Mundial, as mulheres ficaram fora após amargarem a lanterna no Pré-Olímpico.