São Paulo - O Brasil apresentou os mesmos problemas da Copa América e voltou a decepcionar mesmo com a vitória por 1 a 0 sobre o Equador na noite de sexta-feira (6), em Curitiba. A seleção brasileira fez uma partida sonolenta contra o Equador, no Couto Pereira, e ouviu vaias da torcida.

A vitória magra alivia a pressão sem desligar o alerta. A expectativa é que o Brasil vença e convença contra o Paraguai, terça-feira (10), às 21h30, em Assunção, pelas Eliminatórias da Copa.

O time de Dorival Júnior voltou a oscilar durante o jogo: o primeiro tempo regular virou uma etapa final sem nenhuma inspiração. Na primeira parte, 65% de posse de bola. Na segunda, apenas 47%.

Dorival admitiu problemas ofensivos durante a Copa América e fez mudanças que ainda não surtiram efeito nas Eliminatórias.

A ideia era ter Pedro como titular, mas o centroavante lesionou o joelho. O treinador, então, voltou para a estratégia de não ter um camisa 9, com Rodrygo improvisado.

"Tínhamos intenção de trabalhar com um homem mais fixo, mas com a lesão do Pedro mudamos de ideia e voltamos com a formação da seleção inglesa e espanhola, sem referência. Isso dificulta um pouco, eu reconheço", explicou Dorival Júnior.

Luiz Henrique começou pelo lado direito do ataque e não brilhou, assim como Vini Jr na esquerda. Vini ainda segue longe de ser o mesmo do Real Madrid. Lucas Paquetá também decepcionou.

O polivalente Rodrygo continua como destaque da seleção, seja qual for a posição. Ele é artilheiro do Brasil no ano e também nas Eliminatórias.

"O Equador dominou por muito tempo o jogo e isso não pode acontecer, ainda mais em casa. Vamos melhorar para o próximo jogo", opinou Rodrygo.

No meio, André aproveitou a chance no lugar de João Gomes, porém, Bruno Guimarães seguiu mal. Ele teve mais espaço para subir e não criou uma chance sequer.

O ponto positivo, mais uma vez, foi a defesa. O goleiro Alisson só foi exigido uma vez. O Equador teve a bola no segundo tempo e se lançou ao ataque sem encontrar espaços. Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana trabalharam bem.

"Não fomos atacados, a não ser com a posse que eles tiveram, só que sem chances criadas, com exceção no último lance do primeiro tempo em um escorregão. Tudo é questão de tempo. Estamos construindo equipe, fizemos bom primeiro tempo e importante era vencer, não importando a forma como aconteceu. Procuramos fazer nosso melhor dentro de campo", avaliou Dorival.

CONVOCADO

Convocado pelo técnico Dorival Júnior para substituir o zagueiro Éder Militão, Fabrício Bruno se apresentou à Seleção Brasileira na manhã deste domingo (8), em Curitiba.

“Espero entregar o melhor possível e ajudar todo esse grupo que é muito bom de trabalhar” disse o defensor do Flamengo.

Aos 28 anos, Fabrício já atuou em duas oportunidades pela Seleção Brasileira. Ele foi titular nos amistosos contra a Inglaterra e Espanha, disputados em março deste ano.