SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Novak Djokovic está na final do Torneio de Wimbledon de 2022. O sérvio venceu o britânico Cameron Norrie na semifinal por 2/6, 6/3, 6/2 e 6/4, e segue vivo no sonho de conquistar seu 21º título de Grand Slams.

O atual número 3 do mundo agora enfrentará Nick Kyrgios na grande decisão, que será realizada neste domingo (10). O australiano passou na semi após Rafael Nadal desistir de disputar o jogo por conta de uma lesão no abdome.

Com a vitória, Djoko aumentou sua série invicta na grama para 27 partidas. Em Wimbledon, ele não perde desde 2017, quando abandonou o duelo contra Tomas Berdych devido a uma lesão no cotovelo direito. Ao todo, o sérvio foi campeão do torneio em seis ocasiões: 2011, 14, 15, 18, 19 e 21.

No entanto, foi Norrie quem começou melhor e saiu na vantagem. Número 12 no ranking, o tenista canhoto nasceu na África do Sul, mas foi "adotado" pelo Reino Unido e jogou com o apoio massivo da torcida em Londres. Ele era o último britânico no torneio desde as oitavas de final.

Em um primeiro set marcado por muitos erros de Djokovic, Norrie teve grande atuação, principalmente cortando saques e pontuando com seu backhand, e venceu por 6/2. O sérvio parecia não estar focado na partida e demorou para se encontrar.

Só que, na sequência, o ex-número 1 provou por que foi eleito o melhor do esporte em sete em sete anos diferentes. Djokovic não se intimidou com o início abaixo do esperado e respondeu à altura.

A partir de então, Nole reagiu e venceu os três sets seguintes, por 6/3, 6/2 e 6/4. Norrie foi muito aguerrido a todo momento, mas não conseguiu superar o experiente tenista de 35 anos, que mostrou toda sua habilidade em diversos lances durante a partida.

Essa foi a segunda vez que seus caminhos se cruzaram. No ano passado, os dois se enfrentaram pela primeira vez no Nitto ATP Finals, na Itália, com vitória do sérvio por 6/2 e 6/1.

Nesta edição de Wimbledon, Djokovic já tinha superado o sul-coreano Sonwoo Kwon (#81), o australiano Thanasi Kokkinakis (#79), o compatriota sérvio Miomir Kecmanovic (#30), o holandês Tim van Rijthoven (#104) e o italiano Jannik Sinner (#13) em sua campanha até a final.

Norrie, por sua vez, enfrentou os espanhóis Pablo Andujar (#100) e Jaume Munar (#71), além dos norte-americanos Steve Johnson (#93) e Tommy Paul (#32) e do belga David Goffin (#58) até cair na semi. O britânico de 26 anos buscava o seu primeiro Grand Slam da carreira.

Com o resultado, o sérvio se isolou como o tenista que mais chegou em decisões de Grand Slams. Com 32 aparições em finais, Djoko passou à frente de Federer, segundo na lista, com 31.

Djokovic está disputando em Wimbledon seu sétimo torneio em 2022. Desde a grande polêmica que viveu no começo do ano por não ter tomado a vacina contra a covid-19 para participar do Australian Open, o sérvio venceu o Masters 1000 de Roma no final de maio.

Após a vitória, Djoko disse o "trabalho ainda não está terminado" e que a final contra Kyrgios terá "fogos de artifício".