SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Contratado pelo Fluminense no dia 30 de abril, Fernando Diniz oscilou no começo, mas viveu uma lua de mel com a torcida tricolor, que se rendeu ao estilo de jogo do treinador que levou o time até a segunda colocação do Campeonato Brasileiro.

No entanto, a equipe carioca começou a cair de produção, acumulou três derrotas seguidas e despencou para o quinto lugar do torneio, com 51 pontos -16 a menos que o líder Palmeiras. O Tricolor perdeu até um lugar no G-4, posição em que era um frequentador assíduo.

Esta é a segunda passagem do treinador pelas Laranjeiras. Na primeira, sua saída aconteceu após com uma derrota em casa, naquela oportunidade para o CSA. Assim como em 2019, os gritos de 'time sem vergonha' voltaram ecoaram nas arquibancadas do Maracanã após a derrota para o América-MG no domingo passado (9).

No Flu, Diniz chegou ao seu 37º jogo, superando os 31 que fez pelo Santos e os 12 que fez no Vasco. A curta passagem no rival carioca também começou bem, depois de dois empates, o Gigante da Colina venceu quatro seguidas na Série B de 2021. No entanto, rapidamente a equipe despencou e, com quatro derrotas em série, Diniz foi desligado - o Vasco amargou mais um ano na segunda divisão.

A passagem no Santos lembra mais o momento atual. Depois de um começo mediano, o time disputou oito confrontos e perdeu apenas um, largando bem no Brasileirão do ano passado. A relação com a torcida era boa, mas a queda nas quartas de final da Sul-Americana para o Libertad-PAR começou a abalar a confiança. O Peixe ainda empatou com o Inter, mas engatou outros três empates e o comandante caiu.

Antes dessas equipes, Diniz dirigiu o São Paulo e, mais uma vez, viveu este cenário. O clube do Morumbi liderava o Brasileirão de 2020 até a virada do ano, quando teve uma queda vertiginosa de produção. Foram sete jogos sem vencer até a saída do treinador. O Tricolor paulista terminou aquela edição da Série A apenas na quarta posição.

Essa característica do 'dinizismo', de bons inícios seguidos de uma fase muito ruim, também pode foi observada no Athletico, em 2018. Depois de estrear batendo o Newell's por 3 a 0 e goleando a Chape por 5 a 1, o Furacão empatou os dois jogos seguintes, acumulando quatro jogos de invencibilidade. Então, vieram quatro derrotas seguidas, dois jogos sem perder (um empate e uma vitória) e outra série de quatro revezes, que resultou na queda de Diniz com apenas 14 partidas no comando.

Agora, Diniz terá de atuar fora de casa contra o Avaí, neste domingo (16), às 19h, para tentar se recuperar e retomar seu lugar no G-4. A partida está marcada para o estádio da Ressacada. Sem problemas na escalação, o Fluminese terá o seguinte time para atuar em Santa Catarina: Fábio; Samuel Xavier, Nino (Felipe Melo), Manoel e Caio Paulista; André, Martinelli e Ganso; Matheus Martins, Cano e Arias.

Do outro lado, o Avaí vem de quatro derrotas consecutivas, a última delas para o Fortaleza fora de casa. O técnico Lisca não poderá contar com o centroavante Paolo Guerrero e o zagueiro Bressan. A equipe catarinense entrará em campo com a seguinte formação: Vladimir; Kevin, Rodrigo Freitas, Raphael e Cortez; Lucas Ventura, Bruno Silva e Jean Pyerre; Pottker, Bissoli e Rômulo.

Estádio: Ressacada, em Florianópolis (SC)

Horário: 19h (de Brasília) deste domingo (16)

Juiz: Anderson Daronco (RS)

VAR: Wagner Reway (PB)

Transmissão: Sportv e Premiere