Agência Estado
De Florianópolis
Ninguém quer falar em vingança, pensar em revanche ou entrar num clima de provocação para este confronto com a França, pela primeira rodada do Grupo Mundial da Copa Davis de Tênis, de sexta-feira a domingo, em Florianópolis (SC). Mas também ninguém na equipe brasileira, sequer aceita comentar outro resultado que não seja a vitória e até irritam-se em ouvir a palavra derrota. O otimismo, o ‘‘alto astral’’ fazem parte deste time, mesmo que para isso seja necessário disfarçar os problemas e os obstáculos que representam enfrentar os regulares franceses.
A alegria dos jogadores é compulsiva, mesmo diante das dificuldades encontradas ontem para treinar. Uma chuva muito forte, mais uma vez, atingiu toda a capital catarinense, com sérias consequências. A quadra da Universidade Federal de Santa Catarina – local do confronto no final de semana – ficou sem condições de uso. A solução foi buscar um local coberto, viajando 110 quilômetros até o clube Itamirim, localizado em Itajaí.
Por ironia, depois de uma viagem de aproximadamente 1h30 em estrada perigosa como a BR-101, um sol gostoso e bonito iluminou o treinamento dos brasileiros, que nem precisaram recorrer as quadras cobertas do clube de Itajaí. O técnico e capitão, Ricardo Acioly, foi obrigado a alterar a programação, mas com agilidade e inteligência mudou as características do treinamento, exigindo maior intensidade, para compensar o pouco tempo de pratica.
‘‘Aproveitamos as 2h30 de treinos em três quadras, forçando bastante, aproveitando bem o tempo’’, disse Acioly. ‘‘É claro que atrapalha um pouco, mas estamos todos na mesma situação, pois os franceses também tiveram de viajar’’, acrescentou Ricardo Acioly.