SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A derrota da seleção argentina de basquete para a Austrália por 97 a 59 na manhã desta terça-feira (3), pelas quartas de final do torneio masculino das Olimpíadas de Tóquio, foi também a última partida do argentino Luis Scola, 41, com a seleção de seu país.

Quando ele deixou a quadra, com cerca de um minuto faltando para o final da partida, foi ovacionado por companheiros, adversários e pelas poucas centenas de fãs que estavam no ginásio, cuja lotação máxima foi reduzida por causa da pandemia de Covid-19.

Nascido em Buenos Aires, ele disputou cinco Olimpíadas. Na de 2004, em Atenas, a Argentina ganhou o ouro. Na final, venceu a Itália, mas o feito mais notável foi na fase anterior, quando despachou os os Estados Unidos por 89 a 81. Essa foi a última vez que os EUA não ganharam o ouro olímpico.

Scola, que começou sua carreira no portenho Ferro Carril Oeste, jogou por 10 anos, entre 2007 e 2017, na NBA (passou por Houston Rockets, Phoenix Suns, Indiana Pacers, Toronto Raptors e Brooklyn Nets). Antes desse período, atuou na Espanha (Saski Baskonia e Gijón Baloncesto) e, depois, na China (Shanxi Dragons e Xangai Sharks, este o seu time atual).

Ele termina a carreira como o maior pontuador da seleção argentina, equipe que defendeu durante 22 anos. Além do ouro em Atenas-2004, tem um bronze em Pequim-2018 e dois Mundiais (EUA-2002 e China-2019) pelo país.

A derrota da Espanha para os EUA por 95 a 81, mais cedo, também marcou a aposentadoria dos irmãos Marc e Pau Gasol de sua seleção nacional.