São Paulo - Com o empate por 1 a 1 fora de casa contra o Coritiba na noite da última quarta-feira, o Corinthians chegou a sua segunda partida sem vitória no Campeonato Brasileiro e deixou a zona de classificação para a Libertadores.
Agora fora do G4, o técnico Cristóvão Borges destacou a importância do clássico contra o Palmeiras, amanhã, no Itaquerão. Para ele, no dérbi, o Corinthians precisa reencontrar o caminho da vitória. "Independentemente de qualquer coisa, é um grande jogo, um clássico de grande rivalidade. Precisamos voltar a ganhar e é uma grande oportunidade", declarou o treinador alvinegro.
Ontem, a diretoria do Corinthians negou o interesse na contratação do técnico Roger Machado, que pediu demissão do Grêmio, para uma eventual substituição de Cristóvão Borges. Na quinta-feira, centenas de torcedores usaram as redes sociais para pedir a troca após a saída do gremista e o empate diante do Coritiba que tirou o Corinthians do G4.
"(Cristóvão) Vem fazendo um bom trabalho. Vemos que o time vem rendendo. As vitórias batem na trave, mas tem bom compromisso em campo. Confiamos nele. (Cristóvão) chegou no meio do campeonato, não fez pré-temporada. Se tivéssemos problema com ele, não seria nosso treinador", disse o diretor adjunto de futebol, Eduardo Ferreira, ontem, no CT Joaquim Grava.
Autor do pênalti que originou o gol de empate do Coritiba, Fagner foi punido com cartão amarelo. Como estava pendurado, ele cumprirá suspensão automática contra o Palmeiras no próximo sábado. Além da ausência do lateral direito, o Corinthians pode perder também o lateral esquerdo para o jogo contra o Palmeiras. Uendel sentiu uma fisgada na parte posterior da coxa, foi substituído por Guilherme Arana e virou dúvida para o dérbi.

PALMEIRAS
Logo após o jogo contra o Flamengo, o Palmeiras embarcou para Atibaia, no interior de São Paulo, onde se concentrará para o clássico contra o Corinthians. Todo o ambiente de decisão criado para o jogo contra o rubro-negro refletiu-se no desempenho do time na quarta-feira. O técnico Cuca, em entrevista concedida depois da partida, diagnosticou o nervosismo como um dos principais fatores negativos na atuação.
Fora elenco e comissão técnica, a diretoria de futebol também extrapolou na área externa. O presidente Paulo Nobre, irritado com um convidado de um camarote que comemorou o gol do Flamengo, exigiu a expulsão do torcedor; seguranças foram acionados, e a confusão se estabeleceu nas áreas internas do Allianz Parque.
Agora, às vésperas de um clássico igualmente decisivo no Itaquerão – o Palmeiras sustentou a diferença de um ponto (48 a 47) sobre o Flamengo – Cuca busca reencontrar o equilíbrio do grupo de atletas, tão elogiado pela consistente campanha no Campeonato Brasileiro.
"É uma sequência muito dura, desgastante. Para ter um cuidado maior, vamos agora para lá. Dá para trabalhar bem mentalmente e a parte de quem tem que trabalhar, os outros jogadores. Vamos estar lá unidos, conversando, achando o momento certo para cada situação", declarou o treinador.
O Palmeiras definiu a ida para Atibaia antes mesmo da partida da última quarta-feira. Desde o início a semana estava previsto o refúgio no interior, independentemente do resultado do duelo contra o Flamengo.
Nestes dois dias no interior paulista, Cuca trabalhará os substitutos dos suspensos Gabriel Jesus e Vitor Hugo, desfalques para o jogo. Edu Dracena deve ocupar a vaga na defesa, enquanto nomes como Lucas Barrios, Erik e Rafael Marques disputam a lacuna deixada pelo atacante.