Curitiba Durou pouco o namoro do técnico Alexi Stival, o Cuca, com o Paraná Clube. Ontem, depois de três meses de trabalho, o treinador anunciou sua saída para aceitar o convite do Goiás, time que passa a dirigir em substituição a Candinho. À tarde, a diretoria paranista apresentou o substituto, o ex-zagueiro Adilson Batista, também iniciante na carreira de técnico.
Segundo diretores do Tricolor, o convite a Cuca já havia sido feito na semana passada, mas os paranistas ofereceram dobrar o salário do profissional para que ele permanecesse. Com a nova derrota do Goiás, o clube voltou à carga, fez ''uma proposta irrecusável'' e o curitibano irá tentar tirar o Goiás da incômoda lanterna do campeonato. Junto com o treinador, vai seu irmão, Cukinha e o auxiliar-técnico Omar Feitosa. O salário oferecido pelo Goiás, não confirmado oficialmente, seria de R$ 50 mil.
Adilson Batista tem 35 anos, começou a carreira de jogador no Atlético Paranaense, foi campeão mundial pelo Grêmio e chegou à seleção brasileira. Também jogou no Japão, no Cruzeiro e no Corinthians. Como técnico, Adilson está em carreira iniciante, com menos de dois anos.
A negociação foi rápida e bastou uma conversa pela manhã, que terminou em um almoço. Como treinador, o único título foi o de campeão do Rio Grande do Norte, com o América. No ano passado, levou o Avaí à segunda fase da Série B do Brasileirão, mas não conseguiu chegar à Primeira Divisão. Iniciou no Mogi Mirim, do interior paulista.
''Meu objetivo é sempre vencer e crescer'', afirmou o novo técnico, que teve seu nome apoiado pelo profissional que substitui. Adilson não quis responder se deve mexer ou não na equipe que vinha jogando e afirmou que os repórteres devem observar isso nos treinamentos durante a semana.
Cuca troca um time que conquistou, sob o seu comando, 15 pontos, (quatro vitórias, três empates e três derrotas) por outro que tem apenas seis pontos (uma vitória, três empates e seis derrotas). O Paraná, no entanto, marcou menos gols que o Goiás, 16 contra 18. Em compensação, o time paranaense deixou passar 13, enquanto o goiano tem a segunda pior defesa do Brasileirão, com 22 gols tomados, só à frente do Paysandu (26).