SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Presente no calendário desde a primeira edição dos Jogos Modernos, em 1896, em Atenas, a maratona é considerada uma das provas mais nobres da competição, tanto que tradicionalmente fecha a Olimpíada no último dia.

Desde Atlanta-96, o domínio africano na corrida de 42,2 km tem sido quase absoluto —só o italiano Stefano Baldini quebrou a série e levou o ouro em Atenas-04.

É nesse cenário e carregando amplo favoritismo na prova que o fundista queniano Eliud Kipchoge, 36 anos, chega a Sapporo, cidade japonesa que sediará a maratona em 8 de agosto.

Medalha de ouro nos Jogos do Rio, em 2016, após levar a prata em Pequim-08 e o bronze em Atenas-04 —quando tinha 20 anos—, Kipchoge manteve o alto nível nas últimas cinco temporadas. Mais que isso, estabeleceu o melhor tempo em maratonas, em 2018, ao cruzar a linha em Berlim (ALE) em apenas 2h01min39s.

Em outubro de 2019, o queniano se tornou o primeiro homem a correr 42,2 km em menos de duas horas —1h59min40s— em evento de um patrocinador, em Viena (AUT), mas a marca não é reconhecida pela federação internacional por ter sido disputada em condições especiais.

Nada que minimize o feito do fundista africano que já chegou à frente dos rivais nas principais provas de longa distância pelo mundo.

Desde 2013, Kipchoge venceu nada menos que 12 das 14 maratonas oficiais que disputou, a última em abril deste ano, na Holanda, quando fez 2h04min30s, recuperando-se do oitavo lugar na Maratona de Londres do ano passado. Um acidente de percurso que ele não vai admitir na Olimpíada.