Coritiba amarga crise no seu 91º aniversário
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quinta-feira, 12 de outubro de 2000
Fernando Tupan De Curitiba
O Coritiba não teve nada o que comemorar, ontem, no dia do seu 91º aniversário de fundação. Último colocado no Módulo Azul da Copa João Havelange, com 10 pontos ganhos em 48 disputados, o alviverde luta para fugir da crise interna que já causou a demissão dos treinadores Paquito e Fito Neves em menos de dois meses.
A única maneira do alviverde espantar a crise é voltar a ganhar. O técnico Ivo Wortmann, que ainda não venceu na competição, está agindo nos bastidores para levantar o moral do elenco coxa. A primeira providência tomada pelo técnico é conter o comportamento emocional frágil de alguns atletas.
Na quarta-feira, após a derrota para o São Paulo por 3 a 2, no Morumbi, Daniel se descontrolou: o volante chorou como criança na frente dos jornalistas, procurando entender como o Coritiba, pela segunda vez consecutiva em uma semana, deixou escapar uma vitória considerada certa. Tinhamos dez homens em campo e o São Paulo apenas nove. Vencíamos por 2 a 1 e controlávamos o jogo. Erramos e fomos punidos. Agora, como justificar mais essa derrota para nossa torcida?. O lateral-esquerdo Carlos Roberto falou em recuperação domingo, contra o Santa Cruz, no Recife.
Além de lidar com limitações do elenco, Wortmann agora trabalha com a insatisfação de alguns jogadores pela reserva. Os atletas não comentam abertamente o assunto. Mas o semblante de alguns atletas revelam o descontentamento com a situação.
A crise interna coritibana certamente será ser agravada se o Santa Cruz vencer o jogo de domingo. Wortmann tem problemas. O meia Alexandre, considerado o cérebro da equipe, cumpre suspensão automática por expulsão. João Santos e Leandro Tavares brigam pela posição, com mais chances para o primeiro. Willians é outra dúvida. Ele está em tratamento no Departamento Médico e deve ser substituído por Lima. O goleiro Gilberto e o centroavante Robert viajaram para Recife para se integrar à delegação.
Atlético O time folga neste final de semana na Copa João Havelange e fica torcendo por uma combinação de resultados que o mantenha entre os primeiros colocados. Somente na próxima quarta-feira o rubro-negro, com 28 pontos ganhos, volta a campo. O adversário é o Fluminense, 10º colocado, com 25 pontos ganhos, às 22h, no Estádio Joaquim Américo, em Curitiba.
O técnico Antônio Lopes pretende abandonar o esquema 4-5-1 e retornar ao tradicional 4-4-2, já que o rubro-negro atua em casa e precisa da vitória para ficar bem mais próximo da classificação.
A vitória da última quarta-feira em Campinas, quebrando uma invecibilidade de 150 dias da Ponte Preta no Estádio Moisés Lucarelli (1 a 0, gol do atacante Kléber), aumentou a motivação do elenco atleticano. O otimismo era evidente na face de todo o elenco quando desembarcou no Aeroporto Afonso Pena.
O capitão Reginaldo acredita que faltam somente seis pontos para o Atlético se garantir na próxima fase. Temos seis jogos difíceis pela frente, sendo que quatro em casa. Com duas vitórias podemos atingir nosso objetivo. Mas pretendemos fazer mais do que isso para garantir algumas vantagens, como, por exemplo, pegar um adversário mais fácil na segunda fase e realizar a última partida na Baixada.