SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Corinthians vive um impasse pela renovação do meia Gabriel Pereira. O garoto, de apenas 20 anos, tem contrato até o fim de março do ano que vem e já pode assinar um pré-acordo com qualquer outro clube. O interesse do jogador é de permanecer no Parque São Jorge, mas a pedida por aumento salarial expressivo e luvas pela assinatura do vínculo travam a negociação.

A cúpula corintiana tem planos de enxugar a folha salarial para a próxima temporada, e, por isso, os valores pedidos pelo empresário do jogador são o fator chave do impasse. O clube não quer fazer loucuras financeiras para manter o garoto no elenco, mas reconhece que precisará ceder em alguns pontos da negociação para não correr o risco de perdê-lo em 2022.

A reportagem procurou os representantes do meia-atacante para tratar do assunto, mas o staff do atleta não respondeu aos questionamentos. Fontes ligadas ao Corinthians garantem que, caso assine a renovação, GP terá um aumento superior a 1.000% em relação ao seu atual salário. Além disso, o atleta receberia valores de luvas descritos como "gordos" e que seriam diluídos ao longo do contrato.

Até o presente momento, não chegou qualquer proposta de outro clube. Mesmo ciente do risco, o Corinthians mantém a confiança de que conseguirá fechar um acordo com Gabriel Pereira, estabelecendo uma multa rescisória na casa dos 30 milhões de euros (cerca de R$ 194 milhões na cotação atual). O clube é dono de 70% dos direitos do atleta, enquanto o Guarani possui os 30% restantes.

Gabriel está no elenco desde a temporada passada, quando foi lançado pelo técnico Tiago Nunes. Depois de ficar escondido nos primeiros meses do ano, o meia-atacante ganhou espaço com Sylvinho, virou titular absoluto do ataque e soma dois gols e uma assistência nas últimas nove partidas do Corinthians no Campeonato Brasileiro.