SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Corinthians em busca de um inédito tetracampeonato. O Palmeiras pressionado a dar fim a um jejum de 12 anos sem títulos estaduais. Assim será a decisão do Campeonato Paulista 2020, que teve os seus finalistas definidos neste domingo (2).

As duas partidas que vão consagrar o campeão da temporada serão disputadas na quarta-feira (5) e no sábado (8), com o segundo jogo marcado para o Allianz Parque, casa do time alviverde, por ter tido melhor campanha.

Nas semifinais, o time alvinegro passou pelo Mirassol, com vitória por 1 a 0, em Itaquera, e a equipe alviverde bateu a Ponte Preta, também por 1 a 0, e também em sua casa.

Será a sétima vez que a final do Paulista é decidida pelos dois clubes e, por enquanto, há equilíbrio, com três títulos para cada lado.

A última vez em que o clássico ocorreu na decisão foi em 2018, ano em que o time alvinegro conquistou o segundo dos três títulos consecutivos que ganhou a partir de 2017.

Caso fature a taça deste ano, o tetracampeonato será um feito inédito para o clube e que não acontece no torneio estadual desde 1919, quando o futebol ainda era amador.

Além de impedir essa marca, o Palmeiras -que já podia ter eliminado o time alvinegro do torneio com um empate no confronto do último dia 22, ainda pela primeira fase, na retomada do torneio- tenta repetir o desempenho que obteve em 2008, ano em que ficou com o troféu estadual pela última vez, ao vencer a Ponte Preta na decisão.

Curiosamente, o técnico do time palmeirense naquela ocasião também era Vanderlei Luxemburgo, treinador que está em sua quinta passagem pelo clube.

A seca atual do Palmeiras no Paulista é a segunda maior da sua história. A mais longa se deu no período entre 1976 e 1993 e também foi encerrada por Luxemburgo. O último técnico antes dele a ganhar o torneio foi Olegário Tolói de Oliveira, o Dudu, em 1976.

Se o histórico recente é mais favorável aos corintianos, o desempenho apresentado pelas duas equipes neste ano coloca os palmeirense com certo grau de favoritismo.

Até a retomada do Campeonato Paulista, paralisado devido à pandemia do novo coronavírus, parecia algo improvável o Corinthians chegar ao mata-mata. Para isso, precisou ganhar as duas rodadas finais da fase de grupos, além de contar com dois tropeços do Guarani.

Sem precisar contar com a sorte, o Palmeiras avançou às quartas de final como primeiro de sua chave e passou pelo Santo André nas quartas antes de derrotar a Ponte Preta.

Foi no mata-mata, contudo, que o time de Tiago Nunes começou a mostrar força. Primeiro, eliminou o Red Bull Bragantino, então dono da melhor campanha do torneio, e depois superou o Mirassol, que havia surpreendido o São Paulo, no Morumbi.

Em campo, é possível notar evolução no futebol dos corintianos, embora ainda sem muito brilho. Contra o Mirassol, o time teve domínio da partida, mas criou pouco.

O gol da vitória só saiu na etapa final, quando o time já jogava com um a mais, após a expulsão de Juninho, aos 15 minutos. Aos 26 min, Éderson fez o único gol do jogo, o terceiro que ele marcou nos últimos três duelos da equipe.

O Palmeiras, por sua vez, ainda não joga o futebol que é esperado por seus torcedores, mas também não corre riscos. Diante da Ponte Preta, fez sua melhor exibição desde a volta do Estadual e conseguiu a classificação com um gol do também volante Patrick de Paula, aos 45 min do primeiro tempo, em chute de fora da área desviado pelo zagueiro.