A Copa do Catar tem revelado muitas surpresas. E não são positivas, até porque as seleções que surpreenderam não apresentaram futebol que pudesse encantar. Apenas zebras. Mas será que são zebras, de verdade?

France's forward #09 Olivier Giroud celebrates with France's forward #10 Kylian Mbappe (top) after scoring his team's first goal during the Qatar 2022 World Cup round of 16 football match between France and Poland at the Al-Thumama Stadium in Doha on December 4, 2022. (Photo by Kirill KUDRYAVTSEV / AFP)
France's forward #09 Olivier Giroud celebrates with France's forward #10 Kylian Mbappe (top) after scoring his team's first goal during the Qatar 2022 World Cup round of 16 football match between France and Poland at the Al-Thumama Stadium in Doha on December 4, 2022. (Photo by Kirill KUDRYAVTSEV / AFP) | Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

Se formos pensar pelo “peso” da camisa, a desclassificação de Alemanha e Bélgica não estava na aposta de ninguém e tirou um pouco o brilho da competição. Não sou da opinião que é melhor os fortes saírem para o caminho do Brasil ficar mais fácil. Gosto das grandes seleções e dos grandes jogadores se enfrentando, proporcionando duelos emocionantes, competitivos e que vão ficar marcados para sempre.

Mas quando a história de uma campeã mundial ou candidatas ao título não é fator para superar equipes menos tradicionais é porque o futebol não sobressai, não é superior. E ponto. Há uma igualdade cada vez mais clara das diferentes escolas no futebol mundial e esta tem sido a grande mensagem deste mundial.

Esta é a Copa da igualdade tática, dos estilos semelhantes, do embate duplo e nada de ousadia. Não há modelo inovador. Não há estilo diferenciado. Os africanos jogam no mesmo modelo dos europeus, os asiáticos no mesmo desenho tático dos sulamericanos e assim vai. Não há proposta nova e nem possibilidade de se jogar diferente quando todo mundo vê todo mundo jogar.

Quando uma Arábia Saudita vence a Argentina e Costa Rica não se classifica mesmo vencendo o líder do grupo, já é um alerta para entender que a globalização deixou clubes mais importantes que seleções, que alguns times são as verdadeiras seleções da atualidade, quando falamos de novas propostas no futebol.

O torneio está afunilando e a diferença vai ser a individualidade de Messi, Neymar, Vini Jr, Modric, Mbappé, Gakpo. No mais, só times com dois jogadores sempre bem abertos, inversões contínuas e compactação absurda.

Para ser a Copa da zebra realmente só se tivermos um campeão africano ou asiático. No mais, será da mesmice, com um europeu, Brasil ou Argentina conquistando o título.

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