SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A volta à pratica de corrida de rua exige novos cuidados no momento de relaxamento do isolamento devido à pandemia de coronavírus. O fechamento de parques e academias, em março, fez com que muitos atletas amadores ficassem em casa ou diminuíssem o nível da intensidade dos treinos.

O retorno exige atenção, então, não somente para evitar lesões após o longo período em casa, em que pode ter havido perda de condicionamento, mas também na adoção de medidas preventivas relacionadas ao contágio da Covid-19.

O uso de máscaras já é determinado por decreto no município de São Paulo, mas protocolos adicionais –como recomendação de trocar o equipamento de proteção a cada 2 horas ou 3 horas, alongamento sem equipamento e manter uma distância segura de outros corredores– são propostos pelo gabinete da vereadora Janaína Lima (Novo).

Para levar adiante a proposição na Câmara da capital, foi aberta uma consulta pública, disponível até quinta-feira (30), para saber se os corredores paulistanos concordam com as medidas, além de poderem sugerir outras. Todas as recomendações do documento foram desenvolvidas por um comitê.

Nele, participaram nomes conhecidos da corrida de rua de São Paulo: Marcos Paulo Reis (fundador da MPR Assessoria Esportiva), Zeca (fundador da ZTrack Esporte e Saúde), Paula Navarez (jornalista e corredora), Vera Saporito (ultramaratonista, treinadora e influenciadora digital) e Darlan Duarte (fundador da Pacefit e empreendedor do mercado de corrida).

“A pandemia trouxe efeitos devastadores e, apesar de muitos estudos a respeito, o poder público deixou de lado a fundamental importância do esporte ao ar livre e todos os seus benefícios para a saúde física e mental nesse momento crítico”, afirmou a vereadora, por meio de sua assessoria.

“Diante desse cenário, decidi então chamar alguns dos grandes nomes da área que respeito muito para pensarmos juntos numa solução.”

O resultado foi o conjunto de dezenas de protocolos complementares ao que já é exigido para o funcionamento das áreas de lazer. Além dos especialistas, Janaína diz querer ouvir os corredores por acreditar “no cidadão no centro da tomada de todas as decisões que envolvam o poder público”.

“Não adianta um burocrata ler uma publicação e decidir o que é bom e o que é ruim. O que é certo e errado. Decisões ‘topdown’ tem pouquíssima chance de dar certo”, disse. “A minha proposta com a participação de quem corre é justamente criar algo onde as pessoas sintam que veio delas próprias, e elas ajudem a fazer com que as orientações sejam cumpridas. Assim salvamos vidas.”

A consulta pública está disponível por meio de formulário online (https://bit.ly/3367j1g).