A Conmebol vai investigar um caso de racismo ocorrido durante a estreia do Santos na Copa Libertadores, na terça-feira (3), contra o Defensa y Justicia, na Argentina.

O time argentino tem até segunda-feira (9) para apresentar a sua defesa. A informação foi divulgada pelo site Globoesporte.com e confirmada pela reportagem junto à entidade máxima do futebol sul-americano.

No decorrer da partida, um torcedor da equipe argentina dirigiu-se à torcida santista imitando um macaco. O próprio Defensa admitiu a infração e disse que vai contribuir para identificar e punir o torcedor.

Em nota divulgada em seu Twitter, o clube argentino publicou, ainda, uma foto com torcedores do time confraternizando com santistas. "Assim como há os maus, também há bons exemplos, e estes valem ser destacados. A Copa Libertadores é mais que futebol", diz trecho do texto.

Mais cedo, o Santos também divulgou comunicado afirmando que entraria com uma representação na Conmebol diante do ocorrido. "Esperamos que identifiquem e afastem esse racista de seus jogos", diz time alvinegro. "O combate ao racismo é responsabilidade de todos os clubes do continente."

De acordo com o regulamento da Libertadores, o Defensa y Justicia pode ser multado em, pelo menos, US$ 15 mil (R$ 67,8 mil).

A penalidade está descrita no artigo 17 do Código de Disciplina da entidade.

"Qualquer jogador ou oficial que insulte ou atente contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupos de pessoas, por qualquer meio, por motivos de cor de pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será suspenso por, no mínimo, cinco partidas ou por um período de tempo de, no mínimo, dois meses", diz o primeiro parágrafo do artigo.