Com quatro títulos no ano, tenista vive melhor momento da carreira
Natural de Londrina, Yamacita venceu torneios internacionais e chega a 502ª colocação no ranking de duplas da ATP
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 01 de novembro de 2023
Natural de Londrina, Yamacita venceu torneios internacionais e chega a 502ª colocação no ranking de duplas da ATP
Douglas Kuspiosz - Especial para a FOLHA
O tenista londrinense Fernando Yamacita, 26, vem ganhando destaque nos últimos anos no circuito profissional. Somente em 2023, foram títulos nas duplas em Tucumán, na Argentina, em Mogi das Cruzes e Belém, no Brasil, e em Padova, na Itália, chegando ao ranking de 502° da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) (nas duplas).
Sua caminhada no esporte começou aos cinco anos, ao lado do irmão e dos pais, que também praticam tênis. Mas foi a partir dos 13 anos que Yamacita percebeu ter vocação para ser um atleta profissional e passou a disputar campeonatos.
De lá para cá, ele vem somando bons resultados nas quadras. No ano passado, por exemplo, chegou a sua final no simples; no começo de 2023, chegou à semi do M25 de Rio Cuarto, na Argentina, quando caiu para o espanhol Pol Martin Tiffon.
“Esses últimos dois anos estou jogando o melhor tênis da minha vida. É o melhor nível que eu já apresentei e isso se mostrou nos títulos e no melhor ranking que alcancei, que foi 704 do mundo no simples e 502 nas duplas”, afirma o tenista. “É uma temporada que foi muito boa nas duplas para mim.”
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Dois dos títulos deste ano foram conquistados ao lado do brasileiro Gabriel Sidney (Mogi das Cruzes e Belém), que também é de Londrina, e um com o brasileiro Paulo André Saraiva dos Santos (Tucumán). A outra conquista internacional foi na Itália, ao lado do argentino Lautaro Midon.
“Eu particularmente gosto das duplas porque tem essa sinergia com seu parceiro, e vejo que isso ajuda muito nos momentos importantes. Às vezes um consegue puxar o outro. A dupla traz essa troca muito boa”, acredita o atleta, que se considera um jogador agressivo, que gosta de ditar o ritmo do jogo.
Hoje Yamacita mora em São Carlos (SP), onde treina com Elson Longo. Aliás, ele atribui aos treinamentos com Longo a sua evolução nos últimos anos.
“Eu senti que ele me ajudou conseguindo passar mais informações sobre o jogo, para entender melhor o tênis, nuances do jogo, estratégias e táticas para usar”, ressaltando que mantém a rotina de treinos e horas de quadra desde seus 16 anos.
MOMENTO MARCANTE
Perguntado sobre o momento mais marcante da temporada, ele cita a participação no torneio M25 de Rio Cuarto, na Argentina. Ele chegou às classificatórias e perdeu na última rodada; mas, como houve uma desistência, foi sorteado como lucky loser (algo como “perdedor sortudo” em português) e seguiu na disputa.
“Eu entrei na chave principal por essa vaga de lucky loser e caí com um cabeça, um 400 do mundo, e ali eu consegui fazer um jogo taticamente muito bom. Foi um jogo marcante porque eu superei, quebrei essa barreira de ganhar de um cara desse nível”, se referindo ao jogo da primeira rodada contra Valerio Aboian em que ganhou com parciais de 6/0, 4/6 e 6/4. “E depois eu fui até a semi e foi um torneio bem marcante.”
FUTURO
Já faz dois meses que o tenista está tratando uma tendinite no punho esquerdo, que interrompeu sua sequência de torneios. Mas ele pretende aproveitar os últimos meses de 2023 e, caso se recupere até novembro, quer disputar uma competição na Bolívia e outra no Chile.