SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dos 12 jogadores brasileiros mais bem pagos do futebol mundial na atualidade, nada menos que dez estiveram com a seleção na Copa do Qatar-2022.

O meia Oscar, que defende o chinês Shanghai Port, e o atacante Roberto Firmino, de saída do Liverpool após oito temporadas de sucesso, são os únicos integrantes da elite financeira que já não fazem parte também do primeiro escalão técnico do país pentacampeão.

No Oriente desde 2017 e um tanto esquecido pelos torcedores por conta desse longo "ostracismo", Oscar recebe anualmente 24 milhões de euros (R$ 128,3 milhões), salário superior aos tempos em que era titular da Chelsea e da seleção e o segundo maior dentre todos os atletas brasileiros.

Já Firmino, que esteve no Mundial de 2018 e perdeu espaço na reta final do trabalho de Tite, fatura 11 milhões de euros (R$ 58,8 milhões) por temporada e fecha o top 10 dos representantes canarinhos mais bem remunerados (a lista conta com 12 nomes por conta de um empate triplo justamente na décima posição).

Como acontece desde que se transferiu para o Paris Saint-Germain, em 2017, Neymar continua sendo o brasileiro com maior holerite no futebol mundial. O camisa 10 vê cair na sua conta bancária um total de 44,1 milhões de euros (R$ 235,6 milhões) a cada 12 meses.

Considerando os jogadores de todas as nacionalidades, o meia-atacante é hoje o dono do terceiro maior salário da modalidade, atrás apenas do português Cristiano Ronaldo (Al-Hilal) e o francês Kylian Mbappé (seu companheiro no PSG). Oscar também aparece na parte de cima da lista, na oitava colocação.

Na comparação com o mesmo estudo realizado no primeiro semestre do ano passado, um compilado entre informações publicadas entre o jornal francês "L'Équipe" e o site "Capology", a novidade no pódio dos brasileiros mais bem pagos é a presença de Casemiro.

Ao trocar o Real Madrid pelo Manchester United, no começo da temporada, o volante viu seus rendimentos anuais saltarem para 20,9 milhões de euros (R$ 112 milhões), que lhe valem a terceira posição no ranking.

Do grupo dos 12 jogadores do país pentacampeão mais bem pagos da atualidade, metade atua na Inglaterra, o mais rico mercado futebolístico do planeta. Além de Casemiro e Firmino, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli (Arsenal), Antony (Manchester United) e Fabinho (Liverpool) também jogam na Premier League.

Derrotado por Marrocos em seu primeiro compromisso oficial depois do Qatar-2022, em março, a seleção brasileira volta a se reunir novamente no próximo mês para a segunda Data Fifa do ano, que deve ser preenchida com um ou dois amistosos. Os adversários, no entanto, ainda não foram anunciados pela CBF.

Também não está certo se o Brasil contará novamente no banco de reservas com Ramon Menezes, que dirigiu o time interinamente na África, ou se já terá um novo treinador efetivo (hipótese que parece cada vez mais distante).

As eliminatórias sul-americanas para a Copa-2026 começam em setembro. Na primeira rodada dupla do torneio, o time canarinho jogará contra Bolívia (em casa) e Peru (fora).

O próximo Mundial será o primeiro da história com a participação de 48 seleções (16 a mais do que o formato que vinha sendo utilizado desde a França-1998). Com a ampliação no número de países, a América do Sul terá direito a seis vagas diretas e uma para participar da repescagem.

Brasileiros com maior salário no futebol mundial

1 - Neymar (BRA, Paris Saint-Germain): 44,1 milhões de euros/ano

2 - Oscar (BRA, Shanghai Port): 24 milhões de euros/ano

3 - Casemiro (BRA, Manchester United): 20,9 milhões de euros/ano

4- Vinícius Júnior (BRA, Real Madrid): 20,8 milhões de euros/ano

5 - Gabriel Jesus (BRA, Arsenal): 15,8 milhões de euros/ano

6 - Marquinhos (BRA, Paris Saint-Germain): 14,5 milhões de euros/ano

7 - Antony (BRA, Manchester United): 11,9 milhões de euros/ano

8 - Raphinha (BRA, Barcelona): 12 milhões de euros/ano

9 - Alex Sandro (BRA, Juventus): 11,1 milhões de euros/ano

10 - Fabinho (BRA, Liverpool): 11 milhões de euros/ano

Gabriel Martinelli (BRA, Arsenal): 11 milhões de euros/ano

Roberto Firmino (BRA, Liverpool): 11 milhões de euros/ano

Fontes: Capology e L'Équipe