São Paulo - A passagem de Marcelinho Carioca pelo Corinthians chegou ao fim, de maneira nada honrosa. Após seis meses de um contrato de dois anos, o jogador de 35 anos foi demitido pela cúpula da parceria Corinthians/MSI. A gota d'água, argumentam os dirigentes, foi a contratação do técnico Emerson Leão.
Ele informou que não queria trabalhar com o meia-atacante por considerá-lo desagregador. No domingo, a diretoria do clube já havia decidido que Marcelinho não continuaria no time principal. Mas não sabia qual seria o destino do atleta, que poderia ter o contrato rescindido, ficar treinando separado do elenco ou até ser remanejado para o time B.
Marcelinho foi contratado pelo presidente do clube, Alberto Dualib, à revelia da MSI, para encerrar duas ações judiciais. Numa delas, o meia-atacante devia cerca de R$ 8 milhões ao time alvinegro. Na outra, o Corinthians tinha que pagar R$ 9 milhões ao atacante Luizão, hoje no Flamengo. O acordo entre as partes, intermediado pela advogada Gislaine Nunes, encerrou o litígio.
Em um contrato atraente para o atleta, Marcelinho assinou por dois anos com salário mensal de R$ 100 mil e se comprometeu a ceder o apartamento em que mora ao clube avaliado em mais de R$ 2 milhões ao final do contrato.
Apesar de ter bancado o atleta, Dualib disse a aliados que teve que aprovar a saída de Marcelinho. O cartola considerava a situação do jogador insustentável no elenco. A saída dele é quase um consenso entre os jogadores corintianos. ''Quase'', porque ele tinha um amigo no elenco, o meia Carlos Alberto, que o defendeu publicamente.
Marcelinho atuou apenas cinco vezes nesta sua última passagem, apenas uma vez por 90 minutos. Não fez gols. Jogou, ao todo, 230 minutos. Considerando seu salário, ele ganhou R$ 2,6 mil por cada minuto que esteve em campo com a camisa da equipe alvinegra.