Com eficiência e sem Marta, Brasil goleia na estreia na Copa do Mundo
Ary Borges faz história ao marcar três gols na vitória sobre o Panamá; "rainha" entrou em campo com o placar já consolidado
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segunda-feira, 24 de julho de 2023
Ary Borges faz história ao marcar três gols na vitória sobre o Panamá; "rainha" entrou em campo com o placar já consolidado
Diego Prazeres
A seleção brasileira mostrou em sua estreia na Copa do Mundo feminina, nesta segunda (24), que não é mais tão dependente de Marta. Sem sua maior estrela, que ficou no banco, o Brasil fez um jogo consistente e até com requintes de brilho na goleada por 4 a 0 sobre o Panamá, em Adelaide, na Austrália.
Com três gols, Ary Borges, jogadora de 23 anos do Racing Louisville (EUA), foi o grande nome da partida. Nordestina como Marta, a maranhense pode ser um dos símbolos da nova geração do futebol feminino. Esta é sua primeira Copa, enquanto Marta, com 37, disputa seu sexto e último mundial. Emblemático que a "rainha" tenha substituído a novata aos 30 minutos do segundo tempo, quando o placar já estava consolidado.
Com a vitória, o Brasil lidera o grupo F, já que França e Jamaica empataram por 0 a 0, no domingo (23). Na segunda rodada, as brasileiras encaram as francesas, no sábado (29), às 7h (de Brasilia), em Brisbane.
O primeiro gol da Seleção na Copa do Mundo 2023 surgiu aos 18 minutos do primeiro tempo quando Ary Borges completou de cabeça bom cruzamento de Debinha da esquerda. Na comemoração, choro. Aos 38, a camisa 17 fez o segundo dela e do Brasil, aproveitando o próprio rebote da goleira panamenha após novo cabeceio, desta vez em bola alçada por Tamires.
O terceiro gol foi uma pintura, também com participação de Ary Borges. Aos 2 minutos do segundo tempo, Debinha tabelou com Adriana, no 1-2, e cruzou na pequena área, Ary dominou de costas e ajeitou para Bia Zaneratto, a "imperatriz", disparar a bomba no ângulo.
Em seu "dia de Marta", Ary Borges fez o "hat-trick" novamente de cabeça, aproveitando cruzamento de Geysa, aos 24 minutos. 4 a 0. Seis minutos, Marta entrou em campo. O Brasil ainda teve chance de ampliar, mas ficou nisso. Uma ótima estreia, ainda que diante de um adversário muito frágil. A partida contra a França pode mostrar que Brasil é esse que vem por aí. Sem Marta.