SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O COI (Comitê Olímpico Internacional) revisou a decisão e agora as redes sociais oficiais dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 poderão publicar fotos de protestos de atletas durante os jogos, segundo o jornal inglês The Guardian.

Nesta quinta-feira (22), a conta oficial dos Jogos Olímpicos publicou foto da jogadora da seleção inglesa Lucy Bronze de joelhos, entre as imagens de destaque do primeiro dia de jogos. O gesto de ajoelhar-se antes das partidas se popularizou e após a morte de George Floyd, em 2020, e foi repetido diversas vezes nos campeonatos europeus.

A mudança foi decidida após reação negativa contra a censura imposta pelo COI a manifestações contra racismo feitas por seleções femininas de futebol na quarta-feira (21). A decisão do COI contraria 125 anos de uma postura que não permite associar manifestações políticas aos jogos.

Os protestos aconteceram no início das partidas de futebol, que aconteceram antes da abertura oficial das Olimpíadas de Tóquio, nesta sexta-feira (23). Jogadoras das seleções das seleções da Grã-Bretanha, Chile, Estados Unidos, Suécia e Nova Zelândia se ajoelharam no gramado.

No primeiro dia de jogos, imagens e vídeos dos protestos foram excluídos do material oficial fornecido pelo COI aos veículos de imprensa, que não puderam transmitir as partidas. As imagens também não foram publicadas nas redes sociais do comitê. O silêncio dos canais oficiais do COI sobre os protestos causou uma repercussão negativa.