O chileno Roberto Tobar, que apitou a final da última Copa América, na qual o Brasil ficou com o título ao vencer o Peru por 3 a 1, no Maracanã, foi anunciado nesta terça-feira pela Conmebol como o árbitro da decisão da Copa Libertadores, no próximo dia 23, em Lima, no Peru, onde Flamengo e River Plate lutarão pela taça.

Com 41 anos de idade, Tobar é considerado o juiz de futebol mais renomado do Chile e pertence ao quadro da Fifa desde 2011. E ele conduzirá a arbitragem do esperado confronto entre o time carioca e a equipe argentina auxiliado pelos seus compatriotas Claudio Rios e Christian Schiemann, que serão os bandeirinhas do duelo.

Foi exatamente este mesmo trio de arbitragem que trabalhou na final entre Brasil e Peru, no dia 7 de julho deste ano, quando o juiz principal do duelo chegou a expulsar Gabriel Jesus e marcou duas penalidades que só foram confirmadas após consulta ao VAR. Naquela ocasião, o atacante da seleção brasileira, nervoso em campo e que já tinha cartão amarelo, recebeu o vermelho por uma falta no peruano Tapia.

Já nos lances nos quais consultou a arbitragem de vídeo, Tobar primeiro assinalou um pênalti após um toque de mão na bola do zagueiro Thiago Silva, que resultou na cobrança que Guerrero converteu e então empatou a partida na etapa inicial. Nos minutos derradeiros do segundo tempo da decisão, o chileno marcou uma penalidade cometida em Everton, com a qual Richarlison definiu o placar final de 3 a 1.

Formado em Engenharia da Computação, Tobar também apitou o confronto entre Brasil e Paraguai na última Copa América, válido pelas quartas de final, e ainda foi o juiz principal do jogo no qual a Colômbia bateu a Argentina por 2 a 0 na estreia das duas seleções nesta competição realizada em solo nacional.

Experiente como árbitro de partidas da Libertadores, o chileno também já trabalhou em torneio organizados pela Fifa, como o Mundial Sub-17. Entretanto, ele também se envolveu em episódios polêmicos nos últimos anos. No principal interclubes da América do Sul e no Campeonato Chileno, por exemplo, chegou a ser acusado de ameaçar agredir jogadores. Para completar, em 2012 viveu a maior crise da sua carreira ao ser afastado por oito meses pelo envolvimento no chamado "Clube do Pôquer", esquema em que os árbitros chilenos decidiam por meio de um jogo de cartas quem apitaria as partidas dos campeonatos locais.

A Conmebol também confirmou nesta terça-feira que o colombiano Andres Rojas será o quarto árbitro da final entre Flamengo e River Plate e que o peruano Diego Haro foi escolhido como principal responsável pela arbitragem de vídeo. Os outros nomes escalados para trabalhar no VAR durante a decisão são o colombiano Alexander Guzman e o uruguaio Esteban Ostojich. Carlos Astroza, do Chile, foi confirmado como observador do VAR.

Vale lembrar que um trio de arbitragem do Chile conduzirá dentro de campo a decisão desta Libertadores depois que a mesma foi transferida de Santiago para Lima porque a onda de protestos e a situação política complicada no país inviabilizaram a realização do confronto na capital chilena.