<p>SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Chelsea selou nesta quarta-feira (5) uma final inglesa para a Champions League. Com a vitória por 2 a 0 sobre o Real Madrid (ESP), em Londres, a equipe se classificou para enfrentar o Manchester City no próximo dia 29, no Estádio Olímpico Ataturk, em Istambul.

</p><p>No primeiro confronto, em Madri, os dois times haviam empatado em 1 a 1.

</p><p>A conquista da Europa é o sonho do sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, integrante da família real dos Emirados Árabes que comprou o City em 2008. Em nome disso, Pep Guardiola foi contratado para ser o técnico em 2016. Campeão continental em 2012, o Chelsea é presença surpreendente na final.

</p><p>Haverá duelos importantes em campo em Istambul. Mason Mount contra Phil Foden na armação. O incansável N'Golo Kanté contra Ilkay Gündogan. Gabriel Jesus ou Sergio Aguero contra o goleiro Édouard Mendy no que deverá ser a última partida do argentino pelo time inglês em que é o maior artilheiro da história (258 gols).

</p><p>Mas duas das grandes atrações estarão no banco de reservas. Thomas Tuschel chegou ao Chelsea em janeiro deste ano após a demissão de Frank Lampard e está perto de conseguir na Inglaterra algo que lhe escapou nos dois anos e meio em que comandou Neymar e o Paris Saint-Germain:.vencer a Champions.

</p><p>Dono de um estilo pragmático, de quem já disse gostar de atacar mas que "admira muito também saber se defender", ele nunca foi o treinador dos sonhos do dono do clube, o russo Roman Abramovich.

</p><p>O desejo do magnata sempre foi ver o Chelsea apresentar um futebol ofensivo, bonito e que dê resultados. Não teve o menor problema nem em demitir o italiano Roberto Di Matteo pouco tempo depois dele ter levado à equipe ao título europeu.

</p><p>Será difícil fazer o mesmo com Tuschel se ele conseguir bater Pep Guardiola na final. O espanhol chega a 90 minutos do título pela primeira vez desde que saiu do Barcelona, em 2012. Foi pelo clube catalão que levantou o troféu duas vezes, em 2009 e 2011. Se for campeão agora, se igualará ao inglês Bob Paisley, o italiano Carlo Ancelotti e o francês Zinedine Zidane como os treinadores com mais títulos no torneio.

</p><p>Será a segunda final totalmente inglesa na Champions League. Em ambas, o Chelsea esteve presente. Em 2008, a equipe londrina foi derrotada pelo Manchester United nos pênaltis.

</p><p>A dose só não foi repetida em 2009 por causa de uma das arbitragens mais controversas da história do torneio. O árbitro norueguês Tom Henning Ovrebo ignorou quatro pênaltis para o Chelsea, Iniesta marcou aos 47 do 2º tempo e levou o Barcelona para a decisão. O técnico do time espanhol naquela noite era Pep Guardiola.

</p><p>O Chelsea chega à final como zebra. A equipe é a quarta colocada no Campeonato Inglês, 19 pontos atrás do líder Manchester City. Mas em matéria de torneios europeus, os londrinos são os representantes de maior tradição.

</p><p>Além da Champions League de 2012, o Chelsea levantou duas vezes o troféu da Liga Europa (2013 e 2019) e foi campeão da extinta Recopa em 1971 e 1998. O Manchester City ganhou a Recopa em 1970.

</p><p>Uma prévia da decisão deste ano deverá ser vista no sábado (8). Os dois times se enfrentam pelo Inglês e o City será campeão se levar a melhor.

</p><p>O Chelsea se classificou nesta quarta por ter sido superior ao Real Madrid nos dois jogos. Em casa, teve o controle da partida mesmo no primeiro tempo, quando o Real tentou impor seu jogo com toques de bola no meio-campo. O mais perto que os espanhóis se aproximaram de marcar foi com uma cabeçada de Benzema aos 35 minutos.

</p><p>Quando isso aconteceu, os ingleses já estavam na frente graças a bela jogada de Havertz, que entrou na área com a bola dominada aos 27 e tocou na saída de Courtois. A bola bateu no travessão e caiu quase em cima da linha para Werner completar para o gol, de cabeça. No primeiro minuto da etapa complementar, Havertz voltou a acertar a trave.

</p><p>O Chelsea dominou completamente o jogo após o intervalo e Havertz acumulava oportunidades. Teve chance de ouro para fazer o segundo aos 13 mas, de frente para o gol, parou em Courtois, que defendeu com o pé. Kanté pouco depois perde oportunidade quase idêntica.

</p><p>Apesar da necessidade de chegar ao empate para forçar a prorrogação, o Real Madrid não tinha força ofensiva para pressionar e deu espaço para o contra-ataque.

</p><p>O Chelsea cansou de ser perdulário no ataque e chegou o momento do inevitável segundo gol. Aos 39, Mason Mount finalizou jogada que teve Kanté e Havertz trocando passes para selar a vaga para a final.</p>