Da Redação
Depois de 17 dias de muitas disputas, acidentes, abandonos e até ameaça de um grupo guerrilheiro, os participantes do 22º Rali Dacar-Cairo terminam a jornada hoje, com chega na cidade do Cairo. Do percurso total de 10.863 quilômetros anteriomente previstos, 3.013 foram suprimidos devido a ameaça de guerrilheiros do Níger. Como o translado deste país para a Líbia foi feito de avião, os participantes percorreram 7.850 quilômetros.
A etapa final de hoje, dentro do Egito, terá percurso de apenas 145 quilômetros, entre Wadi Rayan e Cairo. Até a última sexta-feira, o único piloto com maiores chances de ser o campeão era o francês Richard Sainct, na categoria motos, que tinha mais de 45 minutos de vantagem sobre o espanhol Oscar Gallardo. O brasileiro Juca Bala desistiu com o motor quebrado.
Desconsolado, Juca Bala não sabia a que atribuir a quebra do motor. ‘‘Eu vinha fazendo uma corrida muito prudente’’, analisou. ‘‘Só acelerei forte nos últimos quilômetros da etapa da quinta-feira, e não foram muitos. Estou muito triste, claro, mas não surpreso. Quase todas KTM tiveram dificuldades com seus motores. Mas isso é consolo pouco. Foi minha segunda participação no Paris-Dakar e, nas duas, tive de desistir perto do final e quando já começava a me ver no pódio. Mas como eles dizem por aqui, o Dakar é assim mesmo’’.
Nos caminhões, André Azevedo estava em segundo lugar na classificação geral e dependeria da etapa de ontem para lutar ou não pelo título. Em primeiro estava o russo Vladimir Tchaguine. Já nos carros, Klever Kolberg permanecia em 15º no geral e segundo na categoria Maratona.