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Esporte 5m de leitura

Central do mercado

O que vemos todos os anos são mudanças que fogem aos desenhos equilibrados de formação de elencos

ATUALIZAÇÃO
26 de dezembro de 2023

Julio Oliveira
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Central do mercado

O período de férias dos jogadores é o momento de atuação de dirigentes e empresários. É hora de vender, comprar, recolocar, renovar e especular, também. Os times com mais dinheiro têm mais poder de escolha e são mais procurados. Os menos fortes de cofres têm menos opções e sofrem para convencer nomes a integrar suas equipes para a próxima temporada.

O que vemos todos os anos são mudanças que fogem aos desenhos equilibrados de formação de elencos. Os times ainda se preocupam em mostrar que estão contratando e se mexendo, mas nem sempre com lógica dentro da filosofia de jogo ou de um ajuste coerente para o plantel já existente. 

E já começa pela escolha dos técnicos. O Santos, por exemplo, vai disputar a Série B e foi buscar Fábio Carille. O estilo do técnico e a identidade do Peixe não estão diretamente ligados, e isso já poderá ser um ponto de desequilíbrio para resgate do time da baixada. E as cobranças serão intensas para conquistar o acesso rapidamente.

Há times que contratam sem ter o técnico definido. Há outros que atendem técnicos que não ficarão a temporada. E qual deveria ser o equilíbrio ideal? Penso que identidade de time e formação de base deveriam nortear a equipe profissional em jogadores e comissão técnica. Por isso, os choques de gestão acarretam em resultados catastróficos por ter que mudar o percurso durante a temporada sem ter tempo para isso. É a velha história de trocar pneu com o carro andando.

O futebol brasileiro precisa mudar o estilo de gestão: sair do passional para o profissional. Mas ainda estamos longe de parar de “jogar para a torcida”. Vamos continuar muito distantes das grandes ligas – e não é só por dinheiro – enquanto não houver um pensamento do futebol como um grande negócio, de marcas importantes, de capital valiosíssimo e, consequentemente, rentável o tempo todo. 

Antes de pensar somente em nomes para a próxima temporada, clubes deveriam pensar modelos mais coesos para uma sobrevivência competitiva mais longeva de suas agremiações. Exemplos? Fortaleza e RB Bragantino estão aí para serem observados. E até copiados.

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