SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Foi marcada para a próxima semana a reunião da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) na qual será votada a punição a Rogério Caboclo, presidente afastado da entidade por causa de acusações de assédio sexual e moral. Uma assembleia geral extraordinária foi convocada para o dia 29 de setembro.

O encontro será presencial, na sede da confederação, no Rio de Janeiro. Na ocasião, os representantes das 27 federações estaduais vão votar o relatório apresentado pela Comissão de Ética da CBF, que recomendou uma suspensão de 21 meses.

São necessários 21 dos 27 votos para que o parecer seja aprovado. Recentemente, os 27 presidentes das federações enviaram carta a Caboclo sugerindo sua renúncia, o que leva a crer que o afastamento será confirmado.

Acusado de cometer assédio sexual e moral contra uma secretária, o dirigente está afastado desde 6 de junho. Ele nega as acusações, embora admita que tenha feito "brincadeiras inapropriadas". Em áudios divulgados pela TV Globo, é possível ouvi-lo perguntando à funcionária se ela se masturba.

Após a atitude dessa funcionária de apresentar seus relatos, outras duas fizeram acusações de assédio contra o presidente. Ele nega e se diz vítima de "uma armação constituída por adversários" para retirá-lo da confederação "e permitir que antigos dirigentes corruptos voltem a comandar a entidade".

Ainda que haja uma reviravolta na assembleia geral e o relatório da Comissão de Ética seja reprovado, Caboclo não poderá voltar imediatamente à CBF. A Justiça do Trabalho determinou que ele não pise na sede da confederação por um ano.

O cartola fez um acordo com o Ministério Público para não ser denunciado por assédio sexual e moral. Ele pagou uma multa de cem salários mínimos, algo perto de R$ 110 mil. Parte do valor será destinado a organização de proteção aos animais.