SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O goleiro Cássio, do Corinthians, se manifestou pela primeira vez após ser ameaçado por um homem no início da tarde desta quinta-feira (7) .

Em texto publicado no Instagram, o jogador confirmou que os áudios e fotos enviados à sua esposa, Janara, foram encaminhados para a polícia, que está cuidando do caso. Um boletim de ocorrência foi aberto.

Condenando os ataques, ele também disse que sempre "lidou bem com críticas" e que nunca sentou "em cima das glórias" conquistadas pela equipe nos últimos anos.

Ainda na mensagem, Cássio mostrou o desejo de "seguir ganhando" com a camisa do Corinthians "enquanto tiver contrato vigente" — o jogador tem vínculo com o clube até o fim de 2024.

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LEIA A NOTA DO JOGADOR

Resolvi me manifestar depois dos fatos que aconteceram com minha família nesta quinta-feira (07/04).

Encaminhei à polícia os áudios recebidos por minha esposa, para que, quem tenha a competência necessária, possa cuidar do caso. Não posso aceitar esse tipo de ameaça de forma alguma. Espero que a justiça seja feita.

Sempre fui um jogador que lidou bem com críticas, discordei e me defendi quando necessário, além de admitir falhas quando entendi que elas aconteceram.

Mas desafio alguém a provar que eu tenha ficado mais de dez anos no Corinthians sendo "vagabundo" ou "paneleiro", os termos que foram usados hoje e que aparecem em algumas manifestações vez ou outra.

Sempre fui um jogador que me dediquei ao máximo e procurei ajudar dentro e fora dos campos os treinadores, atletas e dirigentes que passaram por aqui. Muitas vezes, entrei em campo sem as minhas melhores condições para ajudar o Corinthians. E fiz isso sem esperar nada em troca. Fiz porque sou assim. Sou muito grato ao Corinthians e procuro retribuir essa gratidão deixando tudo o que posso a cada dia.

Tenho total consciência que devo provar sempre porque cheguei a quase 600 jogos e conquistei nove títulos por esse clube. Nunca sentei em cima das glórias, até porque não ganhei nada sozinho e quero seguir ganhando enquanto eu tiver contrato vigente.

Por tudo isso, não aceito o que aconteceu e não quis ficar calado diante de tanta injustiça.

Um abraço a todos.

Cássio