<p>SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Santos inicia a semana convivendo com o risco de eliminação precoce na Libertadores. Cair na fase de grupos é algo que não acontece no Peixe há 37 anos. Na luta para evitar o fim do tabu, a campanha do tricampeonato, conquistado em 2011, serve de inspiração.

</p><p>Para continuar vivo, o Santos precisa ganhar do The Strongest, nesta terça (4), na Vila Belmiro, em sua terceira partida pelo Grupo G da competição. O Peixe está zerado após derrotas para o Barcelona (EQU) e para o Boca Juniors. Equatorianos e argentinos somam seis pontos e se enfrentam em Guayaquil no mesmo dia.

</p><p>No ano em que caiu na primeira fase, o Santos dividia o Grupo 3 com o Flamengo e os colombianos América de Cali e Junior Barranquilla. Venceu apenas uma partida e perdeu cinco, terminando na lanterna da chave. Como só um time avançava, a vaga ficou com os cariocas.

</p><p>Depois desse tropeço, o Santos ficou 19 anos sem disputar a Libertadores. A partir daí, fez boas campanhas. Além do título de 2011, com a geração de Neymar e Ganso, foi duas vezes vice-campeão (2003 e 2020), parou duas vezes na semifinal (2007 e 2012), quatro nas quartas de final (2004, 2005, 2008 e 2017) e uma vez nas oitavas (2018).

</p><p>A má campanha no começo da Libertadores não significa necessariamente que a trajetória no torneio acabará rapidamente. O retrospecto do tricampeonato de 2011 está aí para confirmar isso.

</p><p>Na ocasião, o time que era dirigido por Adilson Batista fez apenas dois pontos nas primeiras três partidas. Após a demissão do treinador, Muricy Ramalho assumiu o comando e levou o Santos a uma improvável classificação. Nesse percurso, o Alvinegro derrotou o Cerro Porteño, no Paraguai, em partida em que estava desfalcado de Elano, Zé Love e Neymar.

</p><p>A classificação em segundo lugar na chave foi selada com uma vitória por 3 a 0 sobre o Deportivo Táchira no Pacaembu. A partir daí, o time embalou e eliminou América (MEX), Once Caldas e Cerro Porteño antes da decisão contra o Peñarol

</p><p>Dessa vez, a situação é um pouco mais complicada. Além de a desvantagem de pontos em relação aos adversários ser maior, o clube vive fase de reestruturação. Perdeu jogadores importantes, como Lucas Veríssimo, Diego Pituca e Soteldo, e ainda sofre com as baixas de Carlos Sánchez, Sandry e Jobson por lesão.

</p><p>Para completar, o momento não é nada favorável ao Santos. A equipe não tem um treinador efetivo desde que Ariel Holan pediu demissão, há uma semana. Além disso, não vence há cinco partidas -quatro derrotas e um empate- e só marcou um gol nesta sequência.

</p><p>Mesmo assim, o time acredita que uma reviravolta possa acontecer. E baseia isso na apresentação que teve diante do Red Bull Bragantino, no sábado (1º), no estádio Nabi Abi Chedid. O empate por 1 a 1 não foi o resultado que o técnico Marcelo Fernandes esperava, mas, segundo ele, mostrou sinais de recuperação.

</p><p>"A equipe precisa de uma vitória. Mas hoje [sábado], mesmo com o empate, as coisas boas apareceram mais. O time foi produtivo, e isso vai nos ajudar muito na sequência para os jogadores adquirirem confiança", sentenciou Marcelo Fernandes, após o empate em Bragança Paulista (SP).

</p><p>"O importante é frisar que não tem ninguém de corpo mole. É uma má fase e vai passar. Hoje (sábado), os jogadores deram um passo importante para isso", completou.

</p><p>Para o duelo contra o The Strongest, a tendência é a mesma escalação que foi a campo contra o Bragantino. O treinador, porém, deu uma pista de que Jean Mota pode ganhar um lugar no meio-campo. O jogador entrou no segundo tempo, foi responsável pela mudança de comportamento da equipe e ainda fez um golaço que acabou anulado pelo VAR por causa de um impedimento milimétrico de Marinho.

</p><p>"Jean Mota tem tido boas atuações, tem distribuído bem o jogo e tem um poder de chute de fora da área. Estávamos precisando disso. Hoje [sábado] já concluímos mais, a equipe procurou o gol mais vezes. O Jean entrou em uma função que não é a dele e foi bem ali", opinou o treinador, referindo-se ao fato de ele atuar como segundo volante.

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</p><p>SANTOS

</p><p>João Paulo; Pará, Kaiky, Luan Peres e Felipe Jonathan; Vinicius, Alison, e Gabriel Pirani; Marinho, Marcos Leonardo e Lucas Braga. T.: Marcelo Fernandes

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</p><p>THE STRONGEST

</p><p>Daniel Vaca; Torres, Castillo, Valverde e Sagredo; Ramiro Vaca, Wayar e Bejarano; Chávez, Willie e Reinoso. T.: Luis Orozco

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</p><p>Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP)

</p><p>Horário: 19h15 (de Brasília)

</p><p>Arbitro: Cristian Garay (CHI)</p>