Café e CT passam por vistorias da CBF
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terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Lucio Flávio Cruz<br>Reportagem Local
O Estádio do Café e o CT da SM Sports foram vistoriados na segunda-feira (11) por representantes da CBF, que vieram analisar as condições dos locais que são utilizados pelo Londrina para jogar o Campeonato Brasileiro. A meta da Confederação Brasileira de Futebol é padronizar os campos de jogos e treinamento quanto à segurança, estrutura, equipamentos, conforto e acesso do público.
A primeira visita ocorreu no período da manhã no Centro de Treinamentos, que foi aprovado e recebeu muitos elogios. "Realmente é um dos melhores do Brasil e gostei muito do que vi. Com alguns pequenos detalhes ele ficará ainda melhor. Mas, o Londrina e a cidade estão de parabéns porque é muito bom mesmo", afirmou Danilo Carvalho, diretor da SD Plan, empresa especializada em arquitetura esportiva e contratada pela CBF para coordenar este trabalho de vistoria em todos os estádios que abrigam jogos das Séries A e B do Brasileiro.
Em relação ao estádio do Café, Carvalho ressaltou que houve uma melhora na manutenção geral em relação às visitas anteriores e que o gramado está em boas condições, apesar de não ser o foco principal neste momento. "Observamos que o sistema de irrigação e o de drenagem funciona bem", frisou.
A orientação da CBF a partir de 2018 é que os estádios só sejam utilizados no dia do jogo para a preservação do gramado. Por isso também a preocupação em melhorar a estrutura dos CTs. "Queremos que os treinos sejam nos CTs e se faça apenas o reconhecimento um dia antes. Até mesmo o aquecimento a orientação é que seja feita nos vestiários e o Café possui este espaço", lembrou Carvalho.
Segurança
Em relação à segurança do torcedor, o especialista apontou que por se tratar de um estádio antigo e de ter sido construído sob a perspectiva de um estádio olímpico, o fosso entre a arquibancada e o gramado acaba causando uma dificuldade em momentos de pânico. "Em ocasiões de tumulto o meio do gramado acaba sendo um ponto de apoio para quem está na arquibancada e o torcedor precisa invadir o campo para se proteger. Por isso é preciso haver pontos de acesso pelo fosso como portinholas, por exemplo. É uma obra pequena e possível de se adequar", revelou.
Danilo Carvalho reconheceu que em estádios públicos como o Café há uma dificuldade maior para a realização de adequações em razão dos problemas financeiros dos municípios e dos estados. Para o engenheiro o melhor caminho é uma PPP (Parceira Público Privada). "O que temos hoje é um custo para o município, que não tem como pagar, e uma praça que não atende às exigências do clube, que fica impedido de investir", ressaltou. "Em uma PPP legal o privado pode explorar todo potencial do equipamento e o público não precisa tirar dinheiro do seu caixa".
O relatório final da vistoria é encaminhado à CBF, que notifica os clubes sobre a necessidade de melhorias. Em casos mais graves, os estádios podem até ser impedidos de receber jogos no Brasileiro. "Este licenciamento dos estádios é uma garantia que temos hoje de que todos têm as mesmas dimensões, qualidade de iluminação e segurança, o que melhora o produto futebol", afirmou Carvalho.