SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Duas vezes medalhista nos Jogos Olímpicos de Juventude de 2018, Diogo Soares mostrou nesta sexta-feira (4) por que é apontado como o próximo grande ginasta brasileiro. Em sua estreia pela seleção, o garoto de 19 anos conseguiu a vaga olímpica ao ficar com a terceira colocação geral no Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística, que está sendo disputado no Rio de Janeiro.

O torneio vale como Pré-Olímpico e classifica dois homens e duas mulheres pelos resultados do individual geral. Mas só podem conseguir a vaga ginastas que não ajudaram seus países a classificar as respectivas equipes pelo Campeonato Mundial de 2019. Assim, Caio Souza terminou em primeiro no Pan, com a medalha de ouro no individual geral, mas isso não fez diferença na busca pela vaga olímpica, porque ele estava no Mundial.

A disputa de Diogo era contra o também brasileiro Tomás Florencio e contra os norte-americanos (que trouxeram uma equipe só com ginastas que não estiveram no Mundial de 2019) e os colombianos. O Canadá, que também poderia brigar, decidiu não vir ao Rio por causa da covid.

Em sua primeira apresentação com a seleção, o garoto de Piracicaba somou 82,700 pontos, contra 83,000 de Paul Juda, que conquistou uma vaga para os Estados Unidos. Graças a esse resultado, o Brasil, que já tinha classificado a equipe pelo Mundial de 2019, poderá levar cinco ginastas para Tóquio, sendo que o resultado de quatro deles contam para a competição por equipes e de todos valem para os aparelhos e para o individual geral.

A distribuição dessas credenciais cabe à comissão técnica, mas a tendência é que sejam convocados Arthur Zanetti, Arthur Nory, Chico Barreto, Caio Souza e, por fim, o próprio Diogo.

Neste sábado (5) será a vez das meninas. No caso delas, só Flávia Saraiva tem vaga olímpica, nominal, pelo resultado no Mundial de 2019, quando Jade Barbosa se machucou e o Brasil não conseguiu a vaga por equipes em Tóquio. Ontem (3), no treino de pódio, Jade teve azar de novo. Ela torceu o joelho durante o treino de pódio, uma espécie de prévia da competição, e precisou ser cortada. Carolyne Pedro e Thais Fidélis já haviam sido cortadas por lesões no joelho antes. Essas, mais graves.

Com isso, o Brasil vai competir com Rebeca Andrade, Lorrane Oliveira e a novata Christal Bezerra. Novamente são duas vagas em jogo e tudo indica que uma ficará com o Brasil. Rebeca e Lorrane são as favoritas, mas o regulamento só permite a classificação de uma atleta extra por país.