Bruno Guimarães e Gerson furam fila e formam dupla na seleção
Atletas superaram concorrentes e formam dupla titular de volantes da Seleção no confronto contra o Uruguai, terça, em Salvador, pelas Eliminatórias
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domingo, 17 de novembro de 2024
Atletas superaram concorrentes e formam dupla titular de volantes da Seleção no confronto contra o Uruguai, terça, em Salvador, pelas Eliminatórias
Folhapress

São Paulo - Bruno Guimarães e Gerson passaram à frente dos concorrentes e hoje formam a dupla titular de volantes da seleção brasileira.
O técnico Dorival Júnior escalou Bruno e Gerson durante uma partida e entendeu que achou um caminho. Eles entraram no intervalo do jogo contra o Chile.
Dorival havia planejado a seleção com André e Lucas Paquetá. André mais fixo, sem subir tanto, e Paquetá recuado para o papel de segundo homem de meio-campo.
O Brasil não rendeu assim, Paquetá levou cartão, e a saída foi botar Bruno Guimarães e Gerson. A equipe ficou mais solta desse jeito e acabou vencendo o Chile por 2 a 1. A dupla foi repetida nos jogos diante do Peru e Venezuela e seguirá em campo contra o Uruguai, nessa terça-feira (19), na Fonte Nova.
Ambos são polivalentes e podem fazer funções mais ofensivas ou defensivas no meio-campo. Durante os jogos, eles conversam para ver quem vai subir mais para que não sobre espaço na marcação.
A comissão técnica pensou em características mais definidas: André primeiro volante e Lucas Paquetá segundo volante, mas foi convencida a escalar esse meio-campo de mais refino com Bruno e Gerson. Dorival Júnior está satisfeito com a escolha dos dois atrás de Raphinha, o novo meia do time.
O Brasil decepcionou no empate por 1 a 1 com a Venezuela, porém, Dorival gostou do desempenho e entende que o duelo com o Uruguai em casa comprovará a melhora do trabalho.
Dorival precisa dessa vitória para não voltar a ficar pressionado no cargo. A seleção enfrentará o Uruguai e depois ficará quatro meses sem atuar, até os compromissos com Colômbia e Argentina em março.
LATERAL
Atual titular da lateral esquerda da seleção, Abner negou que haja escassez na posição. Ele tem sido o escolhido por Dorival para os jogos da seleção brasileira pelas Eliminatórias e vai jogar novamente contra o Uruguai, terça-feira (19), em Salvador. Além de Abner, a lista atual na lateral esquerda tem Alex Telles, convocado para substituir Arana, que se machucou.
"Não vivemos momento de escassez, temos grandes jogadores na posição. Há mudança constante, mas todos entregaram da melhor forma possível. Alguns jogando mais e outros menos, mas todos aqui têm potencial e quem chega vai saber desempenhar o papel. Eu tenho jogado três vezes seguidas, entrei na briga e é o meu objetivo. Mas quem jogar vai conseguir desempenhar muito bem", disse o jogador do Lyon, em coletiva neste domingo, na capital baiana.
Punição ao Lyon e risco de rebaixamento: "Essa notícia me pegou de surpresa, não sei verdadeiramente o contexto e não posso falar muito, não tive atualizações do grupo. Vou poder falar numa volta, agora é difícil, fui pego de surpresa. Estou na seleção e tenho que aproveitar o momento. neste domingo (17) eu só penso no Uruguai".
Dupla com o Vini: "É um privilégio jogar com grandes jogadores, Vini é um deles, se não for o melhor do mundo neste domingo (17). É dar suporte para o jogo do Vini ficar mais confortável, movimentar para liberar espaço no um contra um forte dele. É o que me pedem mais na minha posição. Ficar com o Vini deixa mais fácil porque atrai marcação e libera espaço. Tenho encontrado esse movimento de espetar para encontrar espaço e entrosamento está saindo naturalmente".
"Vivo um momento muito especial falando individualmente. Um momento que esperava há muito tempo. É um privilégio representar a maior seleção do mundo. Cheguei até aqui pelo trabalho do dia a dia, estreei contra o Chile sem saber se eu jogaria e tenho sequência de três jogos, importante ter esses minutos. Eu e a seleção estamos em constante evolução, entendendo a metodologia e evoluindo a cada jogo, sim".
Sobre o carinho das crianças e a inspiração, ele disse: "Me identifico muito com essas crianças, vim do interior de São Paulo, bem interior mesmo, bem enraizado com as minhas origens e procuro buscar forças de onde tive o apoio de todos. Eu tenho apenas três jogos na seleção, mas representam muito para mim e todos que me ajudaram. Sou mais uma dessas crianças, torço e represento a seleção onde for. É natural, temos que buscar forças nessas crianças. Temos que correr atrás dos sonhos, nada impossível".

