Brasileiros
e chilenos vão
às lágrimas
A pequena torcida chilena que veio assistir aos jogos do Pré-Olímpico em Londrina saiu muito satisfeita da cidade. Além de serem muito bem recebidos, eles foram embora com a tão sonhada – e até pouco provável, antes do início disputa – vaga para as Olimpíadas. E ganharam ainda um reforço de chilenos que moram na cidade e brasileiros que passaram a torcer por eles.
Mara e Jennifer de Souza são mãe e filha que acompanharam todos os jogos da seleção chilena. Elas contam que ficaram amigos de jogadores e comissão técnica durante as visitas ao hotel onde eles estavam hospedados. ‘‘Sempre foram muito atenciosos com a gente’’, conta Jennifer. Ontem elas foram na despedida da seleção e quando, às 14h30, o avião decolou, Mara não se conteve e chorou. ‘‘São pessoas que não esqueceremos jamais’’, disse.
O mesmo sentimento era compartilhado pelo engenheiro mecânico chileno Mario Figueroa, 60 anos. Há 25 anos no Brasil, sendo três em Londrina, ele dizia que estava muito emocionado pela vinda da seleção chilena para o Paraná. A conquista de uma vaga para as Olimpíadas ele definia como sendo um sonho.
Chorando muito, Figueroa disse que as maiores virtudes da equipe foram a humildade, a disciplina e o trabalho. ‘‘Para nós isso representa a luta de um país que aqui foi representado por estes meninos’’, disse. ‘‘Mostramos para o mundo nosso valor com este triunfo.’’
Para ele, em qualquer torneio da América Latina o primeiro lugar está reservado para o Brasil e depois a luta fica para saber quem conseguirá o segundo lugar. ‘‘Conseguimos derrotar duas das mais poderosas seleções do mundo e, por isso, merecemos a a vaga’’, afirmou ele, referindo-se às vitórias sobre Uruguai e Argentina.
Marcos Freitas